O governador José Pedro Taques (PSDB) afirmou que o governo de Mato Grosso só não levou um prejuízo superior a R$ 500 milhões com as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), porque resistiu bravamente às pressões de todos os lados.
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“Se eu fosse filho de pai assustado e tivesse cedido às pressões de alguns, Mato Grosso teria levado um prejuízo de R$ 500 milhões por causa da incompetência e irresponsabilidade da gestão anterior”, afirmou ele, se referindo ao período do governador Silval Barbosa (PMDB), durante cerimônia de lançamento das obras do Centro Especializado de Odontologia (CEO), na rua 24 de Maio – área central de Várzea Grande, com a prefeita Lucimar Campos (DEM).
“Aos que estiverem afoitos [com a demora de retomada das obras do VLT], sempre recomendei calma. Tome maracujina e água de melissa. Comigo, pressão não adianta. Sempre tratei o dinheiro público com responsabilidade”, afiançou ele, em resposta ao líder comunitário Edézio Flexa Amorim, da região do Grande Cristo Rei.
Pedro Taques lembrou que a questão encontra-se
judicializada e, por isso, autorizou a Secretaria de Estado de Cidades (Secid) a contratar empresa que vai reurbanizar a Avenida da FEB, em Várzea Grande. “Agiram com extrema incompetência e ficou esta cicatriz, em Cuiabá e Várzea Grande. Já autorizei a Secid e vamos investir R$ 600 mil para melhorar o quadro atual”, citou ele, para a reportagem do
Olhar Direto. Taques também anunciou a construção da nova ponte sobre o rio Pari, na região do Chapéu do Sol – saída de Várzea Grande para o Nortão do Estado, onde será instalado o Parque Tecnológico de Mato Grosso.
Pedro Taques observou que, para não deixar dúvidas, mandou os secretários Eduardo Chiletto, das Cidades; Patryck Ayala, da Procuradoria Geral do Estado (PGE); e Ciro Rodolpho Gonçalves, da Controladoria Geral (CGE), explicarem à imprensa detalhes do relatório da KPMG Consultoria, quanto à viabilidade da retomada das obras do Veículo Leve sobre Trilhos.
“Vamos investir com responsabilidade e até decidir [sobre a retomada ou não das obras do VLT]. Não é favor, não! É direito do povo”, resumiu Taques.
O estudo parcial da KPMG aponta que a conclusão do modal de transporte deve custar mais R$ 602 milhões ao Tesouro do Estado públicos e não R$ 1,135 bilhão requisitados pelo Consórcio VLT Cuiabá, em meados do ano passado. Na prática, isso elevaria o custo total final da obra para R$ 2,2 bilhões, causou um prejuízo global superior a R$ 530 milhões para Mato Grosso.
Entre os valores cobrados pelo consórcio construtor e que levariam os custos nessa proporção estão R$ 381 milhões a título de atraso das obras e diversos outros títulos, R$ 265 milhões por atraso decorrente das desapropriações, e R$ 446 milhões de saldo – corrigidos pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). O governo de Mato Grosso já pagou R$ 1,066 bilhão para a execução dessa obra, de um total de R$ 1,477 bilhão licitado pela extinta Secopa.
COT do Pari
O líder comunitário Edésio Flexa perguntou se o Centro de Treinamento (COT) do Pari está abandonado. Pedro Taques respondeu que não e anunciou que as obras do Centro de Treinamento (na Guarita) será utilizado para treinamento da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar e Polícia Judiciária Civil (PJC). O velho sonho de transformar o local no Estádio do Operário de Várzea Grande caiu por terra, definitivamente.
“O local não está abandonado, não! Senhor Flexa, vamos destinar para treinamento das Polícias Civil e Militar”, reforçou Taques.
