Estabelecido em R$3,80, o novo valor da tarifa de ônibus em Cuiabá pode chegar a R$ 3,60, e passará a valer a partir do dia 1º de março. A majoração dependerá do posicionamento do Governo do Estado com relação a aprovação da isenção do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o óleo diesel. Sob reclamações da população e de vereadores, a data e os valores foram divulgados na tarde de hoje, 19, em audiência pública realizada pela Agência Municipal de Regulação de Serviços Delegados de Cuiabá (Arsec), no Palácio Alencastro.
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De acordo com o presidente da Agência, Alexandre Bustamante, o aumento segue uma lei municipal que prevê reajuste anual nas passagens.Deste modo, não seria possível ignorar o montante apresentado na planilha desenvolvida pelas empresas de ônibus. No documento, foram levados em consideração aspectos como o preço do combustível, pneus, recapagem, e salários para os funcionários.“Temos consciência das deficiências no transporte coletivo, mas não é por conta disso que não faremos nossa parte. Temos que cumprir o que está previsto em lei para poder cobrar que as empresas cumpram também”, disse.
Com relação ao tempo de uso dos ônibus, o presidente explicou que a média da frota não pode ultrapassar os quatro anos e meio, e que o veículo mais velho não pode ter mais de 10 anos. Para substituir os que se encontram nestas condições, a frota, composta atualmente por 369 veículos, receberá 53 ônibus novos. Bustamente explica que todos seguirão uma lei federal de 2008 que determina a fabricação dos ônibus com todas as exigências de acessibilidade. O prazo para a troca é de no máximo 90 dias.
O vereador Dilemário Alencar (PTB), esteve presente na reunião e questionou o aumento alegando que não há melhorias no transporte que o justifiquem. Dentre os principais problemas ele citou a precariedade dos pontos, a maioria sem abrigo, veículos velhos, e insuficiência de linhas. Ele sugeriu ainda que para o próximo ano seja elaborado um levantamento com indicadores de melhores, que poderão comprovar se houve ações positivas por parte das empresas.
Foi lembrado que não houve participação de representantes da Associação dos Usuários. Alencar também acusou o prefeito Mauro Mendes de omissão, já que, segundo ele, o gestor não teria cobrado assistência do Governador Pedro Taques. Juntamente com o vereador Arilson da Silva (PT), ele citou um documento elaborado pelos dois pedindo que a Arsec não aprove o aumento antes que melhorias sejam comprovadas.
Na opinião do diretor da Pantanal Transportes, Luiz Claudio Ferreira, a satisfação dos usuários também depende de um cálculo chamado ‘velocidade comercial’, que corresponderia ao tempo médio gasto nos ônibus. Ele justifica que este fator tem aumentado ao longo dos anos e que a cidade está despreparada, tanto no quesito asfalto, quanto nas calçadas, que dificultam o embarque de passageiros com deficiência física.
Bustamente se diz confiante com relação a reunião que será realizada com Taques na próxima semana. Ele acredita que o governador manterá o preço em R$ 3,60. Ele garantiu que acatará a sugestão de elaborar um índice de melhorias, para que a situação seja comprovada no próximo ano.
