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Domingo, 19 de maio de 2024

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próximo a Unic e Unirondon

´Praça de alimentação' em estacionamento ao lado de faculdades é alternativa para vendedores de 'baguncinha'

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

´Praça de alimentação' em estacionamento  ao lado de faculdades é alternativa para vendedores de 'baguncinha'
A utilização de parte do espaço de um estacionamento localizado ao lado da Universidade de Cuiabá, na avenida Beira Rio, é uma alternativa avaliada para instalação dos vendedores ambulantes de alimentos que foram retirados do local,  em atendimento ao a nova Lei de Uso e Ocupação do Solo, pela Prefeitura de Várzea Grande. A alternativa foi sugerida durante reunião realizada na última quarta-feira, 24, entre representantes da Prefeitura de Cuiabá e Associação Cuiabana de Comida de Rua.  

 
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O veto à permanência dos vendedores gerou polêmica e nessa semana uma trabalhadora chegou a ser acorrentar a um poste na avenida Beira-Rio e banhou-se em álcool para despertar à atenção da população sobre a demanda.
 
Segundo Marlene Rodrigues, presidente da Associação Cuiabana de Comida de Rua, existe a possibilidade de alugar algumas vagas de estacionamento para estes profissionais, cobrando diárias fixas.

“Caso o proprietário concorde com nossa proposta, tornaríamos aquele espaço alugado em uma espécie de praça de alimentação. Não atrapalharíamos mais a circulação de pedestres, tão pouco infringiríamos o Código de Posturas. Queremos apenas uma alternativa para desempenharmos nosso trabalho de forma honesta e tranquila”, disse.
 
Ao longo do encontro, o município reforçou o compromisso de fazer cumprir a nova Lei de Uso e Ocupação do Solo, reiterando que a retirada dos ambulantes dos canteiros centrais e calçadas aos redores das instituições de ensino Unic e Unirondon se faz necessária. Segundo o secretário municipal de Ordem Pública, Eduardo Henrique de Souza, a medida visa também responder aos códigos de Trânsito e de Posturas do município.

“Os comerciantes não podem comprometer as áreas verdes, ocupando aqueles espaços públicos como se ali fossem, de fato, pontos adequados para comercialização de alimentos. Seus equipamentos ocupam um lugar voltado única e exclusivamente para o paisagismo, que logo será feito pela secretaria de Serviços Urbanos. Além disso, a ocupação das calçadas é imprópria. Dificulta a circulação de pessoas, que é intensa durante todo o dia na região, atrapalha o trânsito de forma geral, reduz a mobilidade de cadeirantes e gera obstáculos para outros portadores de necessidades especiais, como cegos”, falou o secretário.

Para a secretária-adjunta de Meio Ambiente, Catarina Gonçalves, é importante pensar em alternativas que não prejudiquem a população como um todo e trazer os comerciantes ambulantes para o centro deste debate ajuda a colocar todas as questões pertinentes de ambas as partes em perspectiva.

“A cidade é do pedestre e precisamos pensar nela voltando nossos olhos para esse público, que de uma forma ou de outra envolve a nós todos. Já estamos viabilizando a aplicação de rampas de acessibilidade ali na Avenida Beira Rio, piso tátil e tornando o passeio público amplo o suficiente para comportar o grande fluxo de alunos que transita ali. Quanto a estes profissionais, estamos considerando direcioná-los para diversos lugares da cidade, que não comprometam qualquer aplicação da Lei de Uso e Ocupação do Solo”, contou Catarina.

Os comerciantes também foram orientados pela Prefeitura de Cuiabá e pelo vereador Dilemário Alencar a percorrerem a Capital, à procura de novos lugares para se realocarem. O profissional deve encontrar um ponto específico que lhe agrade e trazer a proposta para o município avaliar a possibilidade deste vendedor se instalar na região em questão.

“Esta é uma oportunidade que talvez funcione melhor para ambos os lados. Ao caminhar pela cidade em busca de novos pontos de comercialização, cremos que esses profissionais enxergarão novas oportunidades que possam até ser melhores que o local em que se encontravam. Isso não significa que todos ficarão juntos no mesmo espaço como antes, pois isso causaria um novo conflito. Mas certamente teremos vendedores espalhados de forma mais igualitária e apropriada por Cuiabá”, contou João Batista, secretário-adjunto de Governo e Relações Institucionais.
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