O pai da menina F.F.S, 6, morta com um disparo acidental feito pelo irmão, de 12 anos, se apresentou espontaneamente à Polícia de Colniza (1114km de Cuiabá), e responderá em liberdade pelos crimes de posse ilegal de arma de fogo e omissão de cautela, já que é crime não guardar devidamente uma arma de fogo, e com isso possibilitar que uma criança ou adolescente se apodere dela. Acompanhado pela esposa, que também prestou depoimento, o agricultor identificado como A.S, contou que a espingarda de onde partiu o tiro pertencia a seu pai, que faleceu há 90 dias.
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O acidente aconteceu por volta de 6h30 da manhã de terça-feira, 1, quando o filho mais velho pegou a arma municiada, que estava pendurada na parede do quarto do casal, e, sem querer esbarrou o cotovelo no gatilho, atingido o peito da irmã. No momento, os adultos estariam no curral tirando leite, e, ao ouvirem o barulho do tiro e os gritos de socorro do filho mais velho, correram para o interior da casa para tentar salvar a garota.
De acordo com a Polícia Civil, eles chegaram a socorrê-la e a levaram de carro para o Hospital André Antônio Maggi, mas a criança já deu entrada sem vida na unidade.A família vive em uma propriedade rural próxima ao município, conhecida como Linha Rosa de Saron. Investigadores informaram ao Olhar Direto que o local do acidente passou por análise da perícia criminal e que eles compareceram à delegacia ainda na tarde de ontem.
As autuações direcionadas a A.S, dizem respeito ao ato de possuir arma de fogo em casa ou no local de trabalho, crime que pode penalizar o responsável com um a três anos de detenção, (art. 12), e não guardar devidamente uma arma de fogo, e com isso possibilitar que uma criança ou adolescente se apodere dela. A pena para o segundo caso pode chegar a dois anos de detenção.
.jpg "Pai de menina morta pelo irmão guardava arma na parede do quarto; esbarrão causou disparo")
