Alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito da Renúncia e Sonegação Fiscal, Paulo Bernardo Campos, conhecido como “Paulão da Horta” e morador do bairro Jardim Paula II, em Várzea Grande, está preso preventivamente desde setembro de 2015, na Cadeia Pública do Capão Grande, acusado de assassinar Valteir Reis dos Santos. O crime foi cometido numa quitinete no centro da cidade, em 16 de junho do ano passado, durante a comemoração do aniversário da vítima. Paulão invadiu a quitinete, agrediu Valteir, e depois sacou o revólver e disparou cinco tiros.
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O assassino ainda compareceu ao velório do desafeto. Apontando como autor do crime por uma testemunha, Paulão foi preso semanas depois e confessou o crime. O motivo alegado por ele foi vingança: Paulão afirma que Valteir matou seu filho em dezembro de 2013.
O acusado responde a processo por homicídio na 1ª Vara Criminal de Várzea Grande, e não tem advogado. Por isso, a Defensoria Pública assumiu o caso. Ele também possui passagens por tráfico de drogas e associação para o tráfico. No bairro onde mora, Paulão é considerado uma pessoa perigosa, conforme descreveu o juiz Otávio Peixoto, ao decretar sua prisão preventiva.
Além disso, Paulão da Horta tem em seu nome a empresa Folha Verde Comércio de Grãos Ltda, alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Renúncia e Sonegação Fiscal. A empresa é investigada por estar incluída no regime especial de tributação com base em liminar, ser de fachada e sonegar R$ 101 milhões em impostos.
Por conta disso, ele deve depor na CPI nos próximos dias. Os deputados já aprovaram a intimação de Paulão, que ainda terá que ser autorizada pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Várzea Grande, Otávio Peixoto.