A explosão da bateria de um aparelho celular que era carregado em uma das tomadas da ala pediátrica do Hospital Santa Helena pode ser uma das causas do princípio de incêndio registrado na unidade,
no fim da noite de quarta-feira, 4 de maio. A informação é de um dos diretores da unidade, o médico Marcelo Sandrin. No andar onde o fogo começou ficam localizados os setores de obstetrícia, sala de parto, pediatria e UTI neonatal, que não chegaram a ser atingidos.
Leia Mais:
Com princípio de incêndio, doze pacientes foram transferidos às pressas do Santa Helena
Ao
Olhar Direto, nesta quinta-feria (5), o médico declarou que informações preliminares de pacientes apontam que uma das mães carregava o aparelho próximo a um respirador mecânico. Assim, as faíscas da explosão teriam atingido a canalização por onde oxigênio é transferido ao paciente, causando, pelo contato com o gás, a rápida combustão e as chamas.
Ponderado, ele avalia que somente laudo da perícia criminal é que poderá apontar de fato o que aconteceu e quais as circunstâncias. Nesta manhã, equipes da Polícia Científica encontram-se no local. Parte do segundo andar do prédio do hospital, onde estão instaladas a UTI neonatal, além do setor de obstetrícia ainda permanecem interditadas.
A previsão inicial do médico é de que pelo menos 25 leitos adultos permanecem interditados, além de outros doze infantis. A expectativa é de que até a próxima segunda-feira, 16, a área tenha sido liberada. Com relação a ala atingida pelo fogo, ele explica que só voltará a funcionamento após uma reforma. Ao longo do dia a estimativa é de que os doze pacientes que foram transferidos para rede outras unidades da rede pública, por inspirarem maiores cuidados médicos, retornem ao Santa Helena.
"Os pacientes que foram encaminhados aos Hospital Geral e ao Júlio Muller devem retornar ainda esta tarde, por volta de 14h. Temos esperança de que o piso se liberado até segunda feira, porque o hospital está lotado, e continuaremos atendendo estas pessoas normalmente", explicou Sandrin.
Ele também ressaltou a ação de todos os profissionais que atuaram na situação, e parabenizou médicos, bombeiros, enfermeiros e demais envolvidos. "Praticamente 70% dos médicos voltaram para o hospital para auliar, fora os outros profissionais da saúde que também se mobilizaram. Muitas moram lá em Várzea Grande e se deslocaram pra cá pra ajudar. A atuação do Samu também foi imprescindível."
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o incêndio não se alastrou e ficou contido apenas no quarto onde havia começado. Não há registro de feridos.
