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Quarta-feira, 15 de maio de 2024

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Garoto ameaça colega com faca após ser chamado de "macaco" e "preto fedido"; conselho apura bullyng

Foto: Reprodução

Garoto ameaça colega com faca após ser chamado de
Armado com uma faca, um aluno de 14 anos ameaçou um colega, de 13, durante uma das aulas na escola Estadual Paulo Freire, em Primavera do Leste (240 km de Cuiabá). Encaminhado ao Conselho Tutelar do município, o jovem relatou que teria sofrido bullyng, e que as ofensas feitas pelo outro estudante, que o teria chamado de “macaco” e “preto fedido”, teriam motivado a ação. O caso, registrado na terça-feira (10) não foi confirmado pela instituição, que alega que o desentendimento teve início depois de uma troca de beliscões e empurrões entre os envolvidos.


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Ao Olhar Direto, a coordenadora do Conselho Tutelar do município, Cátia Bressan, alegou que, na delegacia, o aluno chegou a relatar que a escola tinha conhecimento da situação e que era constantemente ofendido pelo colega. Ela reforça os prejuízos que estes insultos podem causar à crianças adolescentes, lembrando que o garoto, que não possui nenhuma passagem, poderá responder agora por ato infracional, caso haja determinação do Ministério Público (MP), para onde o ocorrência foi encaminhada.

O caso será apurado pela Polícia Civil, que investigará se as situações de humilhação impostas ao menor são verdadeiras. Além disso, o jovem, que vive com os avós e é descrito como “tranqüilo“, passará por acompanhamento no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), da cidade, recebendo atendimento de psicólogos e demais profissionais da equipe.

De acordo com o diretor da escola, Eder Alves, depois que a briga foi apartada, graças à atitude de alunos que rapidamente o avisaram, o adolescente relatou que a faca foi esquecida dentro da mochila, usada anteriormente em uma pescaria. Ele explica ainda que, além de bons alunos, os dois seriam amigos, não havendo indícios de bullyng na relação entre eles.  Como nenhum dos garotos se feriu e ambos não possuem histórico de indisciplina, não foram adotadas punições mais severas, como expulsão.

Os responsáveis pelos menores foram informados sobre a ocorrência, e agora, juntamente com a direção, avaliarão a possibilidade de que os envolvidos passem a estudar em turmas diferentes. “Ele não será expulso porque acreditamos que este não é o caminho para resolver o problema, uma vez que trabalhamos para incluir, e não excluir o jovem. Também consideramos que eles não são agressivos, e, depois de conversar com os pais deles, optamos por esta decisão.”

Eder destaca que a escola desenvolve ações com professores e alunos para conscientizar e inibir a prática, e que este motivo não teria sido citado pelo aluno que levou a faca. “Soubemos da suspeita de bullyng pelo Conselho Tutelar, porque isso não havia sido mencionado aqui. Ele contou ter feito isso pra intimidar o outro, que após uma brincadeira com beliscão, o empurrou. Aparentemente não havia intenção de atacá-lo de fato.” O diretor reitera que a situação continuará sendo monitorada. 

Ainda segundo Cátia, este é o primeiro caso de bullyng registrado pelo órgão em dois anos, e que, devido a baixa incidência destes episódios, o Conselho vinha priorizando ações de combate a violência, tráfico de drogas e abuso sexual nas instituições de ensino. “Trabalhamos com palestras e conscientização neste sentido, mas os casos de violência e adolescentes armados tem crescido muito na cidade. Como não temos um centro de ressocialização, resta pouco a fazer.  É arriscado até para os conselheiros lidar com este tipo de ocorrência, já que muitos casos são de polícia. ” 
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