Após mais de três horas de assembleia, cerca de três mil servidores no ensino público de Mato Grosso decidiram pela continuidade do movimento. Com a medida, as atividades nas 750 escolas estaduais permanecem suspensas há mais de 40 dias.
Em debate, nesta tarde, os profissionais não acataram os apelos do Governo do Estado e consideraram a nova proposta apresentada para a classe como insuficientes. As categorias exigem a realizção de concurso público, suspensão da implantação das Parcerias Públicos Privadas (PPP), além de pagamento da Revisão Geral Anual (RGA).
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O Sindicato dos Servidores no Ensino Público (Sintep-MT) informou que irá aguardar para a próxima semana, no dia 19, uma nova proposta. Em se cumprindo a expectativa, o Sindicato irá convocar uma nova reunião para deliberações e diálogo da proposta juntamente com a base. Caso contrário, irão promover um grande ato de protesto pelas ruas de Cuiabá, de acordo com Henrique Lopes, presidente.
“Nossa avaliação é de que houve um avanço parcial. Eram três pontos em debate e só apresentam, mesmo, o do concurso. O Governo apresentou um cronograma razoável, inclusive com data para posse, mas ainda vemos que é possível avançar. A categoria mantém a decisão de que a suspensão parcial das PPP {Parcerias Públicos Privadas} e o pacote de serviço apresentado pelo governo não resolvem o problema. Na nossa avaliação, tem sim, impacto direto na autonomia da escola e a decisão é pela suspensão integral do Edital”.
Ele ainda defende a apresentação de um cronograma de debates com a sociedade. “Que nos apresente um cronograma. A preocupação dos servidores é de que PPP é a presença de empresa privada tomando decisão dentro do espaço da escola”.
O Fórum Sindical informou que os servidores do ensino público somam cerca de 50 mil pessoas, o que representa 55% dos funcionários do executivo estadual.
"O governo tem que apresentar uma proposta de recomposição de salários que dê conta, daqui para a próxima data base, que ainda está em maio, que a categoria tenha integralizado o piso que lhe é de direito, pela Lei 510. Essa é a proposta que estamos apresentando para o Governo do Estado", asseverou.
Sem a suspensão do protesto, permanecem em greve os professores da rede estadual, além de docentes, técnicos e administrativos da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat).