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Domingo, 05 de maio de 2024

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Mãe de criança que morreu após beber achocolatado clama por emprego: "preciso ocupar a mente"

Foto: Arquivo Pessoal

Mãe de criança que morreu após beber achocolatado clama por emprego:
Depois de perder seu filho Rhayron Christian da Silva Santos, de dois anos de idade, que morreu após beber um achocolatado envenenado, Dani Cristina Perpetua da Silva, de 28 anos, pede ajuda para conseguir um emprego e ‘ocupar’ a cabeça. Seu filho faleceu no último dia 25 de agosto (quinta-feira) e o caso tomou repercussão nacional.


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Em entrevista ao Olhar Direto na tarde deste sábado (3), Dani contou que seu marido, que antes fazia bicos, conseguiu um emprego como lavador de carros, mas que ela continua desempregada. Os dois vendiam espetinho quando moravam em outro bairro. Há dois meses, no entanto, se mudaram e Dani ainda não encontrou outra fonte de renda.

“O que eu mais quero é arrumar emprego, porque eu preciso ocupar minha cabeça. Tenho experiência na área de atendimento, recepcionista, vendas, tenho segundo grau completo (...) Agora eu quero dar mais coisas para a minha filha, fazer de tudo por ela”, afirmou. A filha do casal, de três anos, não estava em casa no dia em que o irmão ingeriu a bebida achocolatada envenenada.

Enquanto não consegue emprego, Dani pede ajuda e doação principalmente de roupas e brinquedos para a filha. “Dia 20 também vence o aluguel, que são 400 reais, e não tem dinheiro para pagar”, comenta.

As doações para a família podem ser feitas por meio da advogada Nadeska Calmon, na Avenida General Ramiro de Noronha, 647, Jardim Cuiabá, ou pelo telefone (65) 99999-4200. Nadeska está acompanhando o caso desde o início, quando se sensibilizou com a história de Dani.


A mãe, Dani, e a advogada, Nadeska Calmon

“Eu estava atendendo outro caso, e me sensibilizei porque eu também sou mãe, então me disponibilizei a ajudá-la. No início ela até ficou irritada porque pensou que eu fosse da imprensa, que queria fazer uma reportagem. Mas depois entendeu que eu só queria ajudar”, contou a advogada ao Olhar Direto. Hoje, Nadeska está à frente do caso como acusação e pretende, no futuro, abrir uma ação civil de indenização contra Adônis José Negri, 61, que usou uma agulha para injetar a substância Carbofurano nas caixas de achocolatado consumidas pela criança.

Entenda o caso

Cansado de ser vítima de furtos de um morador [Deuel] do bairro Parque Cuiabá, o comerciante, Adones José Negri, teria inserido veneno nos recipientes depois de perceber que o ladrão tinha uma predileção pela bebida. Após realizar o furto das caixas de achocolatado, o assaltante revendeu o material para o pai do menino, que ofertou a bebida à criança sem saber o que se passava.
 
O caso chamou atenção na última semana, após o lote da bebida, da marca Itambé, ter sido interditado pela Vigilância Sanitária do Estado de Mato Grosso. Depois do anúncio da morte, que aconteceu na Policlínica da capital, informou que tinha comprado cinco caixas do achocolatado de um vizinho. Ela relatou que também passou mal, assim como um tio da criança.

Dani ainda contou à reportagem, neste sábado (3), que as enfermeiras demoraram para pegar o achocolatado para fazer os testes já que, quando foi constatada a morte, a ideia era de que a criança havia morrido por bronquiaspiração [que o leite teria ido para o pulmão].

“Cheguei no Julio Muller, coloquei o achocolatado e falei moça, acho que foi esse achocolatado que fez mal pro meu filho. Ela disse não mãe, se conforma com o que aconteceu. Eu disse não vou me conformar, eu queria tirar essa culpa de cima de mim porque eu era uma mãe boa pra ele. Ela deixou o achocolatado lá, começou a fazer umas perguntas pra mim, o policial ligou pra ela, perguntou como eu tava, e o achocolatado lá”, contou Dani.

Ainda segundo a mãe, eles só aceitaram fazer os testes na bebida depois que um amigo da família, que também tinha ingerido o achocolatado, também passou mal.

O laudo toxicológico da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) foi divulgado na tarde da última quinta-feira (1) e apontou que o veneno injetado na bebida tem o  mesmo princípio ativo encontrado em pesticidas utilizados para controle de pragas em lavouras, e comumente aplicado como veneno de rato. De acordo com o perito responsável pelas análises, Diego Viana Andrade, para injetar a substância nas cinco caixas de bebida o idoso teria usado uma seringa, ou instrumento do tipo. 
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