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Terça-feira, 14 de maio de 2024

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Trâmites

Defaz inicia investigação preliminar para verificar procedência de denúncia de Wilson contra Emanuel

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Defaz inicia investigação preliminar para verificar procedência de denúncia de Wilson contra Emanuel
A Delegacia Fazendária vai iniciar uma investigação preliminar para verificar a procedência da denúncia que Wilson Santos (PSDB) protocolizou contra Emanuel Pinheiro (PMDB), nesta segunda-feira (24). O caso será distribuído a um delegado aleatoriamente e, somente em caso de algum indício ser encontrado, será aberto o inquérito policial para apurar a materialidade do crime. Não há prazo de duração dessa etapa. Diligências podem ser feitas e pessoas podem ser chamadas a prestar esclarecimentos já nessa fase.


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O candidato a prefeito de Cuiabá Wilson Santos acusa seu adversário Emanuel Pinheiro de ter recebido propina do Grupo Caramuru para intermediar uma negociação fraudulenta de incentivos fiscais, e ter usado a cunhada Barbara Freitas Pinheiro como laranja para lavagem de dinheiro. Contudo, o tucano não apresentou nenhuma prova contra Emanuel, e sugeriu à polícia quebrar o sigilo bancário dos envolvidos na denúncia para conseguir vestígios do dinheiro e comprovar o crime.

Para embasar a denúncia, Wilson apresentou o áudio de uma conversa entre ele, Barbara Pinheiro e o marido dela, Marco Polo Freitas Pinheiro, mais conhecido como Popó, irmão de Emanuel Pinheiro. O diálogo teria acontecido um mês atrás, na casa do tucano. Na ocasião, o casal pediu para Santos não utilizar o caso na campanha para não prejudica-los.

Na conversa, Barbara afirma ter ajudado de forma legal o Grupo Caramuru a conseguir o incentivo fiscal junto ao Governo do Estado, com uma série de visitas ao Conselho Estadual Desenvolvimento Empresarial (CEDEM). Todavia, Wilson apresentou documentos para mostrar que os incentivos das três empresas do grupo foram aprovados por decreto pelo então secretário de Comércio, Minas e Energia, Alan Zanatta, em 4 de setembro de 2014, mais de dois meses antes de passar por vistoria e ser levado ao CEDEM, em 19 de novembro daquele ano.

Em vários momentos da conversa Barbara isenta Emanuel Pinheiro de qualquer participação no processo. Contudo, em dado momento, Barbara diz que Emanuel sabe de toda história e por isso ela está trabalhando na Assembleia Legislativa por R$ 13 mil. Entretanto, não há nenhuma nomeação no nome dela na Casa de Leis. Por esse mesmo valor, trabalha na AL, desde 1983, outro irmão de Emanuel Pinheiro, Marco Antônio Freitas Pinheiro, mais conhecido como Tatá.

Valores

Apesar de Wilson Santos acusar Barbara de ter recebido R$ 4 milhões do grupo Caramuru, em nenhum momento do áudio gravado ela revela qual valor recebido pelo suposto serviço de lobby. Os R$ 4 milhões citados seria a dívida da construtora Aurora para com a cozinha industrial dela e da irmã, Fabiola Cássia de Noronha Sampaio.

Como as duas estavam falidas devido às dívidas da construtora Aurora, Fabíola, que trabalhava há anos com “Erasmus” junto a Caramuru, pediu para Barbara ajudar a intermediar os incentivos fiscais do grupo e ganhar uma comissão com isso para então pagar os débitos. Depois de conseguir, Fabíola teria recebido R$ 2 milhões, por meio das empresas de Barbara e de Popó. No áudio, porém, ela não revela quanto recebeu, mas diz ter usado o dinheiro para pagar as dívidas.
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