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Casos são investigados

Suspeita de envolvimento de PMs em desaparecimento e mortes de jovens são casos isolados, avalia comandante

02 Fev 2017 - 15:11

Da Redação - André Garcia Santana / Ronaldo Pacheco

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Suspeita de envolvimento de PMs em desaparecimento e mortes de jovens são casos isolados, avalia comandante
Os recentes desaparecimentos e mortes de jovens após abordagem de policiais militares foram considerados como casos isolados pelo comandante geral da Polícia Militar de Mato Grosso (PM-MT), coronel Jorge Luiz de Magalhães. Ao Olhar Direto, ele afirmou que a instituição é a maior interessada no resultado das investigações, conduzidas pela própria Corregedoria e Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), sob acompanhamento do Ministério Público (MP).


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O coronel alegou ainda que o comando e o Estado não compactuam com desvios de condutas. “Nós temos 8050 policiais militares. Homens e mulheres distribuídos por todos os municípios de Mato Grosso, então esses três casos não representam nem 0,5 % do efetivo da Polícia Militar (PM). Se formos fazer uma proporcionalidade, vamos perceber que o número de policiais envolvidos em desvio de conduta é muito pequeno”, afirmou.
Os jovens João Vitor de Oliveira e Hugo da Silva Salomé. 
Com relação à impunidade e a insegurança com relativas ao trabalho dos profissionais, suspeitos pelos assassinatos de João Vitor de Oliveira, de 20 anos e Hugo da Silva Salomé, de 19, ele reforça que tais aços não representam a instituição. Os dois jovens foram vistos com vida pela última vez no dia 10 janeiro, em uma abordagem iniciada por um PM descaracterizado no bairro São João Del Rey, em Cuiabá. Seus corpos foram encontrados 10 dias depois enterrados em Barão de Melgaço. (128 km da Capital).

Os cinco militares envolvidos na ação foram afastados das ruas e agora desempenham serviços administrativos. Três deles prestaram depoimento à Polícia Civil na última semana. “Por uma questão de preservação eles foram recolhidos para a parte administrativa, não significa que nós estamos antecipando qualquer tipo de julgamento. É importante você tirar os policiais militares pra que a investigação corra da melhor forma possível, com absoluta isenção.”

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Ronaldo Vargas, desaparecido em novembro. 

Além dos dois moradores da Capital, Ronaldo Vargas da Cunha, de 25 anos, vem sendo procurado por amigos familiares desde novembro. Ele foi visto pela última vez ao entrar em uma viatura da Polícia Militar (PM), na cidade de Rosário Oeste (111 km de Cuiabá), onde mora com a avó. De acordo com informações repassadas a sua namorada, Joice dos Santos, ele estava em uma bicicleta, que foi deixada no local após a abordagem.

De acordo com o coronel, todos os casos estão recebendo tratamento de acordo com a legislação, que consagra o princípio da presunção de inocência.  “A sociedade tem que cobrar mesmo. Nosso lema é servir e proteger. Não podemos admitir de jeito nenhum qualquer desvio de conduta, mas também não podemos antecipar um julgamento. Todas as providências estão sendo tomadas e tenho certeza que mais cedo ou mais tarde a verdade vai vir à tona e as pessoas que praticaram esses crimes serão responsabilizadas”, finalizou. 
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