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Sábado, 18 de maio de 2024

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Sem prazo para retorno

Com multa diária de R$ 50 mil, Justiça interdita prédio dos Correios após morte cerebral de servidor

Foto: Reprodução

Com multa diária de R$ 50 mil, Justiça interdita prédio dos Correios após morte cerebral de servidor
Após a contaminação e morte cerebral de um servidor, o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Mato Grosso conseguiu na Justiça Trabalhista a interdição da central de distribuição do bairro Cristo Rei, em Várzea Grande, a maior do Estado. Caso a decisão, divulgada na quinta-feira (30), seja descumprida, a empresa será multada em R$50 mil reais diários.


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De acordo com o presidente do Sindicato, Edimar Leite, a interdição ocorrerá para que sejam realizados trabalhos de dedetização e limpeza do espaço sem que haja prejuízos a saúde dos funcionários. Ao Olhar Direto ele explicou que em reunião com o diretor regional dos Correios, Edilson Francisco, foi proposto que os servidores mantivessem a produção durante a desinfecção da unidade.

“Queriam fazer a dedetização com os funcionários lá dentro. Na verdade estão preocupados com a produção e não com a saúde dos servidores. A decisão judicial não tem prazo para o retorno. Isso só vai acontecer com a finalização dos trabalhos necessários”, afirma.

Edimar também conta que na segunda feria haverá uma reunião com o presidente da gestão de pessoas dos Correios, que vem de Brasília para debater sobre o assunto. Além dele, profissionais da engenharia também serão acionados para que possam apontar medidas estruturais que resolvam uma série de problemas como a infestação de pombos e escorpiões encontrados na central.

À reportagem do Olhar Direto a assessoria de imprensa dos Correios informou que a empresa ainda não foi notificada sobre a interdição e que ainda deverá se manifestar por meio de nota.

Morte cerebral e mobilização

O servidor Celso Luís, de 43 anos, teve morte cerebral constatada no domingo (26), após uma neurocriptococose, doença causada por fungos encontrados em fezes de pombo que ataca o sistema nervoso central. A contaminação, de acordo com os servidores, decorre da insalubridade do local. A família da vítima, ainda não permitiu que os aparelhos que o mantém vivo sejam desligados.

Em comunicado emitido na data eles alegaram que a instituição é negligente e que as denúncias relacionadas a infestação de pombos, ratos e escorpiões na unidade é freqüente. Diante da situação, os servidores decidiram em assembleia a paralisar as atividades para evitar que outras pessoas sejam contaminadas até que o problema seja resolvido.  
 
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