Mesmo sabendo que o projeto de lei complementar que trata da reforma previdenciária sofrerá certa resistência para ser aprovado, o governador Pedro Taques (PSDB) defendeu que as mudanças são necessárias, sob pena de o Estado não conseguir honrar compromissos futuros em função do déficit acumulado. Este ano, segundo o governador, o rombo na Previdência Estadual de Mato Grosso, o MT Prev, será de R$ 750 milhões e poderá chegar até R$ 1 bilhão caso a reforma não seja instituída.
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“Sem a reforma da Previdência, em poucos anos vamos virar a Grécia. Não há doença grave que se cure com remédio doce. Temos que resolver agora, sob pena de não chegarmos em condições de honrar compromissos no médio prazo”, disse o governador.
O projeto da Reforma deveria ter sido enviado para a Assembleia no início do ano, no entanto, o Executivo adiou a entrega do documento para aguardar a definição da proposta do Governo Federal, que inicialmente incluiria Estados e Municípios.
Com a decisão do Presidente da República, Michel Temer (PMDB) de retirar as unidades federativas da reforma que tramita no Congresso Nacional, os Executivos ganharam um prazo de seis meses para elaborar o próprio regime de previdência.
Embora Mato Grosso não seja obrigado a seguir o modelo elaborado por Temer, a tendência é que Taques siga alguns pontos da reforma, como o aumento da alíquota previdenciária de 11% para até 14%. O aumento da alíquota ainda deve passar pelo crivo do Conselho de Administração do MT Prev.