Para a coordenadora da Regional Centro Norte do Centro de Valorização da Vida (CVV), Isaura Titon, o suposto desafio da Baleia Azul é extremamente preocupante e os responsáveis por instigar o suicídio de adolescentes devem ser responsabilizados criminalmente.

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Isaura avalia que de modo geral  a observação dos familiares  e dos amigos é fundamental para a prevenção ao suicídio. "Muitas vezes os adolescentes buscam um aceitação de outro grupo.  Nossa orientação é de que a família faça essa acolhida, que amplie o diálogo, que fortaleça as relações", assevera.

A suposta participação da jovem Maria de Fátima Oliveira, de 16 anos, no desafio é alvo de investigação da Polícia Civil. A garota cometeu suicídio na tarde de terça-feira, 11, ao pular em uma lagoa na cidade de Vila Rica, distante a 1.270 quilômetros.

Para a Polícia Civil, a mãe da jovem relatou que a filha teria apresentado cortes nos braços, a aproximadamente dois meses, que podem ter sido motivados pelas "tarefas" impostas aos membros do jogo. Ela também apresentou duas cartas que teriam sido escritas à mão por Maria de Fátima e que serão confrontadas com demais atos da investigação.

Induzir alguém ao suicídio é crime previsto pelo artigo 122 do Código Penal. A pena é de reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de um a três anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave.

Na última terla-feira, o  psiquiatra Daniel Martins de Barros em publicação no jornal o Estadão desmistificou o desafio e afirmou que 'a Baleia Azul' não existe. Segundo ele, trata-se de um boato, surgido pela interpretação distorcida de uma notícia antiga, de um ano atrás, que voltou às manchetes depois de repercutir na imprensa inglesa. O jogo consiste numa série de 50 tarefas, progressivamente mais difíceis, culminando com o desafio do suicídio. Veja aqui a íntegra do artigo.