Olhar Direto

Sexta-feira, 03 de maio de 2024

Notícias | Cidades

Atuou como

PM repassou informações à quadrilha que roubou Banco do Brasil; bandidos passaram 2 dias na agência

Foto: Reprodução

PM repassou informações à quadrilha que roubou Banco do Brasil; bandidos passaram 2 dias na agência
Preso na operação “Luxus”, que desarticulou nesta quinta-feira (4) uma quadrilha especializada em roubo a banco, o policial militar Emanuel da Silva Souza é apontado como um dos envolvidos no assalto ao Banco do Brasil de Poconé (100 km de Cuiabá). A ação criminosa, liderada por Gilberto Silva Brasil e Marcus Vinicius Fraga Soares, durou cerca de dois dias e contou com informações privilegiadas fornecidas pelo profissional. A situação foi registrada no dia 5 de fevereiro. 


Leia mais:
Presos por roubos a agências bancárias ostentavam vida de luxo nas redes sociais com carros importados e viagens

De acordo com a Corregedoria da Polícia Militar (PM), Emanuel é membro da instituição há seis anos, e era lotado no município onde o assalto foi registrado. As investigações, conduzidas pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), mostram que ele não pertencia ao chamado “núcleo duro” da quadrilha, formado por integrantes fixos, tendo participado especificamente deste crime.

Fora deste núcleo, outros criminosos atuariam como “freelancers”, recebendo quantias de até $30 mil reais por suas participações nos roubos. Em coletiva de imprensa realizada na Diretoria da Polícia Civil nesta manhã foi informado ainda que um procedimento administrativo para investigar a conduta do policial foi aberto, podendo culminar em seu desligamento da PM.

Além de Emanuel, 12 pessoas foram presas e outras quatro são procuradas pela Polícia Civil, sendo elas Robson Antônio da Silva Passos, Julyender Batista Borges, Jurandir Benedito da Silva e Augusto Cesar Ribeiro Macaúbas. “Quando deflagramos a operação já era esperado que esses quatro estivessem foragidos, mas nós já temos suas localizações e trabalhamos para pegá-los”, explicou o delegado titular do GCCO Diogo Santana.

Ele explica ainda que os ladrões estão com uma espécie de maleta capaz de desarmar alarmes ou equipamentos de fibra óptica. O material seria utilizado tanto em Mato Grosso, quanto em outros Estados, para onde a quadrilha também estendia sua atuação, como São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rondônia. Até o momento, além de carros como um Corolla e um Vera Cruz, foram apreendidos diversas ferramentas utilizadas no roubo.

O delegado do GCCO, Luiz Henrique Damasceno conta que a quadrilha passou a levantar suspeitas pela maneira pela vida de luxo que ostentava nas redes sociais, com passeios de lancha, helicóptero e inúmeras viagens por praias do país. “Nenhum deles possuía uma atividade lícita que pudesse pagar pelo estilo que levavam, o que reforçou as investigações sobre a possibilidade dos roubos.” 

A Operação 

As ordens de prisão seguidas de busca e apreensão estão sendo cumpridas por equipes de mais de 70 policiais civis, nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande e Poconé (104 km ao Sul). A ação conta com apoio do Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAER), da Secretaria de Segurança Pública.
 
Todo o trabalho de investigação contou com a colaboração da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil e das Delegacias Especializada de Roubos e Furtos (Derf's), de Várzea Grande e Rondonópolis e Sistema Prisional, por meio da direção da Penitenciária Regional Major Eldo de Sá Corrêa (Mata Grande) de Rondonópolis.
 
Alguns dos alvos tiveram mais de um mandado de prisão decretados pela Sétima Vara Criminal e também pela Vara Criminal da comarca de Poconé (104 km ao Sul), em três inquéritos, sendo o primeiro referente ao roubo ao Banco do Brasil, da Avenida Pernanbuco, bairro Morada da Serra II, em 13 de novembro de 2016; o segundo do furto qualificado ao banco do Brasil de Poconé, ocorrido no dia 5 de fevereiro de 2017, e o terceiro inquérito que o crime de organização criminosa.
 
Os bandidos promoviam a quebra da parede e o desligamento do alarme de  bancos da capital e do interior. Uma vez dentro subtraiam valores dos cofres. As ações foram praticadas, geralmente, aos finais de semana, deixando um rastro de destruição nas instalações físicas das agências e a população sem os serviços bancários.
 
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet