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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Deputados de MT relatam “caldeirão” e clima ruim em Brasília, mas avaliam que ainda é cedo para decisões

Foto: Reprodução/ Montagem Olhar Direto

Deputados de MT relatam “caldeirão” e clima ruim em Brasília, mas avaliam que ainda é cedo para decisões
Quatro deputados federais de Mato Grosso da base do Governo Federal relataram que Brasília amanheceu como um “caldeirão”, nesta quinta-feira (18). Na noite anterior (17), o jornal O Globo afirmou existir uma gravação do presidente Michel Temer (PMDB) negociando propinas para comprar o silêncio do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), feitas pelo dono da JBS, Joesley Batista. Nessa manhã, operação da Polícia Federal que prendeu irmã e o primo do senador Aécio Neves (PSDB-MG), o qual foi afastado do cargo pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e também havia sido denunciado pelo O Globo em negociação sobre proprinas.


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“Com a experiência que o Temer tem, se tudo for confirmado, ele sabe o que precisa fazer. Ele é brasileiro acima de tudo. Estávamos apostando tudo nele. Se for verdade, é mais uma decepção”, declarou o coordenador da bancada federal de Mato Grosso, deputado Victório Galli (PSC), membro da base do presidente Michel Temer (PMDB.

Segundo ele, em Brasília, estão todos “de orelha em pé”. Para ele, a Polícia Federal está de parabéns pelas investigações e é precisa fazer o necessário para passar o Brasil a limpo, mas dentro do regimento e com mais informações sobre o assunto. “Não podemos fazer injustiça. Tem que ser tudo dentro do regimento”.

Posição similar é adotada pelo deputado federal Fabio Garcia (PSB), ex-coordenador da bancada de MT. Segundo ele, é preciso reunir mais informações antes de decidir os próximos passos com tranquilidade e racionalidade, não de forma passional.

“Os fatos inspiram, neste momento, a necessidade de tranquilidade para ter conhecimento de todos os fatos, e firmeza para tomar a melhor decisão para que o país posa sobreviver a essa turbulência”, ponderou.

Ele ressaltou que vai acompanhar tudo de perto e trabalhar de forma intensa em Brasília. Sem comentar diretamente a possibilidade de impeachment ou renúncia do presidente, ele alertou para necessidade de tomar cuidado com as decisões. “Ainda é prematuro, nem todos os fatos vieram a tona. Precisamos de atenção para se posicionar de maneira firme”, concluiu.

Confusão

Já o deputado federal Adilton Sachetti (PSB) afirmou que em Brasília “O clima está terrível”. De acordo com ele, todos buscam mais informações sobre as denúncias, os partidos fazem reuniões de urgência e bancadas também tentam conversar entre si. Entretanto,  o parlamentar do PSB também avalia a situação como importante ao Brasil.

“Ninguém está se achando aqui. Todo mundo querendo informação, indo de um lado para o outro. Virou um caldeirão. É complicado, mas temos que passar por isso. Temos que passar a limpo. E passar a limpo não só a política, mas a sociedade também. Estamos vivendo um problema de ética”, disse Sachetti.

O deputado federal Ezequiel Fonseca (PP) também falou de como a atmosfera em Brasília está “pesada” e de como os parlamentares se sentem sem informações. “Aqui está todo mundo meio perdido. Ainda vamos ter reuniões de bancadas, mas alguns já foram embora, está meio difícil. Clima é muito ruim. A oposição já pede impeachment, a base ainda conversa. Só mais tarde vamos ter mais informações”.

Onde estão os áudios?

Reação unânime dos entrevistados foi a pergunta sobre os áudios das gravações do presidente Michel Temer e do senador afastado Aécio Neves negociando propinas.  O jornal O Globo divulgou a degravação de trechos dos áudios, mas não disponibilizou os arquivos em áudio. Adilton Sachetti, por exemplo, salientou querer a responsabilização de todos os que cometeram crimes, mas tratou como um problema a falta da divulgação da prova concreta.

“Eu gostaria de ouvir o áudio. O que realmente tem até agora são as prisões dos parentes do Aécio e o afastamento dele. Mas ninguém ouviu nada ainda. Quero ouvir para formar juízo de valor. Até lá, não vou atacar, nem defender. Mas saibam que sou da opinião de que quem fez o mal feito que pague. Não tem que passar a mão na cabeça. Eu apoiava o Governo porque queria a recuperação do país. Mas, se forem confirmadas as denúncias, vamos tirar ele [Temer] também”, analisou.

Para Victório Galli, é importante fazer as checagens se os áudios são verdadeiros. “Precisamos saber se essas gravações são verdadeiras. Qualquer decisão tomada sem as devidas informações é precitada”, ponderou.

O Reportagem também procurou os deputados federais Nilson Leitão (PSDB), Carlos Bezerra (PMDB) e Valtenir Pereira (PMDB), outros deputados da base do presidente Michel Temer.
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