A proposta do Governo de pagar a Revisão Geral Anual (RGA) do ano fiscal de 2016 em 2018 não foi bem recebida por Oscarlino Alves, coordenador do Fórum Sindical. Para ele, além de o pagamento ser realizado muito tempo depois da data base, maio de 2017, o fato de a proposta ser apresentada antes a imprensa do que aos servidores demonstrou problemas na condução do processo.

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“O grande entrave é o começo da história. Chamar a imprensa para poder comunicar a sociedade, jogar ela contra os trabalhadores, como se estivéssemos fazendo algo de errado e quebrando todas as regulamentações internacionais. Isso se configura em total falta de respeito”, afirmou Oscarlino.

A proposta do Governo é pagar a RGA de 6,58% em três parcelas a partir de janeiro de 2018, quando serão incorporados 2.15% do valor devido ao salário dos servidores. Em abril do mesmo ano vão ser pagos mais 2.15% e, em setembro, 2.14%. O valor foi calculado sob juros incidentes de cada parcela.
De acordo com a legislação, o Executivo deveria pagar no mês de maio a reposição inflacionária referente ao ano anterior, que em 2016, levando em consideração o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) entre os meses de janeiro a dezembro de 2016, foi de 6,58%.

Segundo o representante do Fórum Sindical, a falta de diálogo será levada em consideração pela categoria, que irá se reunir em Assembleia Geral na segunda-feira (29), às 15h, na Praça das Bandeiras.

“Temos uma lei que vinha sendo cumprida rigorosamente até o início deste governo. Agora, vem com nova proposta de parcelamento. Temos diversos ofícios enviados ao governador. Queríamos ser escutados, mas não é o que acontece. O problema é a proposta e a falta de diálogo. A proposta não nos atende. Vamos nos reunir para saber os próximos passos”, concluiu.