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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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OPERAÇÃO ARES VERMELHO

Líderes de organização criminosa que operava de dentro de presídio devem ser transferidos

Foto: Vinicius Mendes

Líderes de organização criminosa que operava de dentro de presídio devem ser transferidos
Os líderes de facções criminosas em Mato Grosso, Luciano Mariano da Silva, conhecido como Marreta, Edmar Ormeneze, o mazinho, Robson Pereira de Jesus, conhecido como Carcaça e Vagner Silva Moura, conhecido como Belo, acusados de chefiar uma organização criminosa em Mato Grosso de dentro da Penitenciária Central do Estado serão transferidos para presídios em municípios no interior, afirmou o delegado adjunto da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos (DERRFVA), Marcelo Torhacs, em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (17).


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Os quatro são líderes da organização alvo da operação 'Ares Vermelho', desencadeada pela Polícia Judiciária Civil na manhã desta quinta-feira (17). O bando é especializado em roubos de veículos, receptação e manobras financeiras de aberturas de contas para depósitos, transferências e saques de valores em bancos, além de ocultação e comércio de veículos subtraídos e clonados.

A quadrilha recrutava jovens de 16 a 25 anos para praticar roubo de carros por encomenda. De dentro dos presídios, os líderes conversavam com os comparsas e repassavam as características dos carros que queriam. Uma parte dos veículos era comercializada internamente e outra parte era trocada por drogas na Bolívia e Paraguai.

Foram três meses de investigação da Polícia Civil, em parceria com a Diretoria de Inteligência, que identificou todos os integrantes da quadrilha. A organização funcionava como uma empresa do crime, pois possuía gerentes e tarefas divididas. Através de infiltração digital, a polícia conseguiu verificar a contabilidade deles, e perceber que, inclusive, faziam pagamentos de mensalidades, para que em caso de prisão as famílias recebessem um auxílio.

Os quatro líderes serão transferidos para impedir que possam se comunicar com seus comparsas de fora do presídio, ou pelo menos dificultar este processo, afirmou o delegado adjunto da DERRFVA, Marcelo Torhacs.

“Um dos desdobramentos desta operação é o recambiamento, se não para presídio federal, pelo menos para presídios no interior, para que não haja comunicação dos presos com o meio exterior, ou que esta comunicação seja diminuída. Pelo menos dos líderes da organização já está agendado o recambiamento para o interior”.

A operação deflagrada nesta quinta-feira (17) cumpriu 45 mandados de prisão, 5 prisões em flagrante, apreendeu veículos clonados, entorpecentes e armas de fogo. Durante os três meses de investigação, 35 crimes foram identificados, como roubo de veículos, adulteração dos veículos, falsificação de documentos, tráfico de drogas, tráfico de armas e munições, e também estelionato em vários Estados, entre outros delitos.

A Polícia Civil apurou que a organização criminosa teve uma estimativa de lucro de R$ 1,5 milhão durante os três meses. Torhacs afirmou que e as investigações utilizaram interceptação digital em aplicativos como o WhatsApp.

“A gente percebia que a prisão dos autores de roubos e receptação de veículos, não gerava um resultado efetivo, os jovens eram rapidamente substituídos pela liderança criminosa que esta dentro do sistema prisional. Então foi necessária esta parceria com a Diretoria de Inteligência, inclusive com a possibilidade de infiltração digital, uma coisa inédita no Brasil, que é conseguir captar conversas de sistemas, como por exemplo o whatsapp, e propiciou o descortinamento, identificando as lideranças e a divisão de tarefas de cada um”.

O delegado adjunto afirmou que as investigações ainda devem seguir para continuar apurando os crimes de lavagem de dinheiro, também praticados pela organização criminosa.
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