O deputado estadual Leonardo Albuquerque (PSD) afirmou, na manhã desta quinta-feira (14), que vai oficializar um requerimento para que a Comissão de Ética da Assembleia Legislativa tenha sua composição revista. Enquanto o deputado conversava com jornalistas, a Polícia Federal cumpria mandados de busca e apreensão em diversos gabinetes do Legislativo. Entre os membros da Comissão, quatro foram alvos da ação.
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“Eu já estava com essa conversação, mas agora mais do que nunca, há motivos o suficiente para que a Comissão de Ética seja conclamada para acompanhar os trabalhos. A gente vai oficializar para que se forme uma nova Comissão de Ética, visto que uma das grandes críticas – e justas – da sociedade é que existem membros em investigação”, afirmou o deputado.
Na semana passada, em coletiva de imprensa, o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (PSB), afirmou que não iria dissolver a Comissão enquanto não tivessem fatos concretos contra os deputados.
Botelho disse isso porque cinco membros da Comissão de Ética, entre titulares e suplentes, haviam sido delatados por Silval Barbosa (PMDB), sob a acusação de que recebiam propina em troca de apoio ao Governo anterior.
O Conselho de Ética da Assembleia Legislativa é composto pelos deputados Pedro Satélite (PSD), Saturnino Masson (PSDB), Oscar Bezerra (PSB), Silvano Amaral (PMDB) e Janaina Riva (PMDB). Entre os titulares, somente Saturnino e Janaina não foram delatados pelo ex-governador.
Além de Oscar, Pedro Satélite e Silvano, são membros suplentes da comissão, os deputados Nininho (PSD), Guilherme Maluf (PSDB) e Romoaldo Júnior (PMDB). Todos eles também foram citados por Silval Barbosa em seu acordo de colaboração premiada, firmado com a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Na operação de hoje, denominada Malebolge, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão nos gabinetes dos seguintes membros da Comissão de Ética: Oscar Bezerra, Silvano Amaral, Nininho e Romoaldo.
“Nós esperávamos que a provocação não fosse necessária, mas como não aconteceu, nós vamos oficializar para que isso aconteça. Porque a Casa mais uma vez está sendo alvo. A Comissão de Ética tem que acompanhar, até para poder dar transparência e segurança”, justificou Leonardo Albuquerque.
“Primeiro a gente tem que pedir para acionar a Comissão de Ética, rever a sua composição, para que ela inicie os trabalhos de acompanhamento e, a partir daí, seguir os ritos. Temos que começar do começo”, acrescentou o deputado, que foi um dos únicos parlamentares que ficou de fora da delação monstruosa de Silval Barbosa.
(Colaborou Ronaldo Pacheco) 
