Após a prisão de dois membros do seu staff, os secretários de Justiça e Direitos Humanos, Airton Siqueira e de Segurança Púlica, Rogers Jarbas, o  governador Pedro Taques (PSDB), cancelou a ida a Brasília nesta quarta-feira, 27, e encontra-se em reunião com os titulares da Casa Civil, José Adolpho e de Comunicação, Kleber Lima. 

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Há sete dias, o ex-governador teceu severas críticas ao desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), após o afastamento do secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas.

"O pior criminoso é o magistrado que abusa do poder para tomar decisões parciais", declarou ele na época.

Na mesma decisão, ele determinou ainda que Rogers fosse submetido ao uso de tornozeleira eletrônica. Rogers é alvo de investigação por suspeita de prejudicar as investigações sobre o esquema de grampos, que vigorou entre 2014 e 2015 em Mato Grosso. 

Hoje, além da prisão de Rogers, o ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, teria o repassado as informações  para constranger o tenente coronel José Henrique Costa Soares, que vem  trabalhando com escrivão no caso da investigação. 

Outro preso, Siqueira sabia do esquema dos grampos e teria designado uma pessoa, quando ele desenvolvia funções da Casa Militar, para atuar, exclusivamente, em ações vislumbrando as interceptações em Mato Grosso. 

Ainda na semana passada, Taques acusou  Perri de ser parcial e o acusou de extrapolar suas atribuições constitucionais ao investigar, acusar e prejulgar no que diz respeito ao caso dos grampos. “Já se passou o tempo que o cidadão tinha medo de magistrado”, completou. 

De acordo com Perri, a  suposta organização criminosa contaria com ramificações de  personagens militares, advogados, políticos, membros do Ministério Público e agentes de comunicação social.