Os vereadores que compõe a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que está investigando o prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) definiram nesta quarta-feira (6) dez pessoas para serem ouvidas. Entre os nomes estão o do ex-governador Silval Barbosa, seu ex-chefe de gabinete Silvio César Araújo, e o próprio chefe do executivo municipal.
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Ao todo, o relator Adevair Cabral (PSDB) propôs 17 nomes para serem ouvidos, porém o vereador Marcelo Bussiki (PSB), presidente da comissão indeferiu sete deles. Os nomes recusados são do ex-senador Osvaldo Sobrinho (PTB), do ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes (PSB), do secretário de Meio Ambiente José Roberto Stopa (PV) e outros líderes sindicais.
Já as pessoas que serão ouvidas além do prefeito, o ex-governador e seu ex-chefe de gabinete são o irmão do prefeito, o empresário Marco Polo Pinheiro, conhecido como “Popó”; o servidor da Assembleia Legislativa, Valdecir Cardoso, o ex-seretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Alan Zanatta, o delegado da Polícia Federal Wilson Rodrigues, além dos agentes da PF Marcelo Pimenta, Ada de Oliveira e Alexandre Pérez e de Oliveira.
O empresário Marco Polo, proprietário de um instituto de pesquisa foi apontado por Emanuel Pinheiro em entrevistas a imprensa como dono do dinheiro pago por Silvio César e que o prefeito foi até ao Palácio Paiaguás no dia em que foi filmado para receber por ele, que tinha uma dívida com o governador.
O servidor da Assembleia Legislativa Valdecir Cardoso é acusado de ter sido a pessoa que instalou a câmera que filmou os deputados estaduais da gestão passada recebendo o dinheiro da suposta propina.
Alan Zanatta, ex-secretário de Silval Barbosa também será ouvido para esclarecer a conversa que teve com o delator Silvio César Araújo durante visita em sua casa no mês de agosto. O bate-papo em que o ex-chefe de gabinete de Silval revela como gravou os vídeos foi gravado e o áudio encontrado pela PF na residência de Pinheiro.
O delegado Wilson Rodrigues e os três agentes federais foram responsáveis pela busca e apreensão na casa de Emanuel Pinheiro durante a operação Malebolge no mês de setembro.
De acordo com a Lei Orgânica do município, o prefeito não pode ser convocado e não será alvo de uma condução coercitiva caso não comparecer no plenário da Câmara para prestar depoimento.
Os parlamentares também confirmaram que as oitivas serão abertas para a população e vão acontecer nas sextas-feiras, a partir do ano que vem. Porém as reuniões administrativas que estão marcadas para as quartas-feiras terão as portas fechadas.