A Defesa Civil de Cuiabá solicitou à Prefeitura de Cuiabá que a Avenida Senador Metelo, na região do cruzamento com a Rua Rui Barbosa, fosse interditada por conta da erosão no asfalto provocada pelas chuvas recentes. A Secretaria Municipal de Obras de Cuiabá já iniciou os reparos, mas aguarda a desapropriação de três famílias do local, por isso ainda não há previsão para a conclusão dos trabalhos.
A assessoria da Prefeitura de Cuiabá afirmou que o bloqueio aconteceu por solicitação da Defesa Civil de Cuiabá. A pista foi interditada por volta das 17h desta quarta-feira (31) porque poderia apresentar risco à população. Ainda não há prazo para a conclusão das obras.
O coronel Paulo Wolkmer, coordenador da Defesa Civil de Cuiabá, afirmou que a erosão registrada na Rua Rui Barbosa no último sábado (27) avançou com as chuvas dos dias seguintes e alcançou a Avenida Senador Metelo.
“O argumento da interdição é que a Avenida Senador Metello é uma extensão da Rui Barbosa, ali no cruzamento. Se a gente analisar a erosão avançou, a mesma rua está com problema. No sábado, dia 27 houve aquela chuva com índice pluviométrico superior a 80ml, medido pela Agência Nacional das Águas (ANA), e esta chuva afetou o funcionamento do córrego ‘Engole Cobra’, que foi canalizado no primeiro governo Dante de Oliveira, portanto é uma obra com mais de 30 anos e veio de um processo de assoreamento daquela área que culminou com o processo erosivo no asfalto”, explicou o coronel.
Para evitar acidentes a Defesa Civil solicitou a interdição da pista, naquela região, até que seja concluída a reforma. De acordo com o coronel, as obras de reparo avançaram rapidamente no início, mas tiveram que ser paralisadas por causa de três casas localizadas em uma área de risco
“Existem umas casa ali que vão ter que ser desapropriadas, porque estão em área de risco. Elas estão exatamente em cima do córrego, e as obras da prefeitura foram obrigadas a ser paralisadas por causa destas três famílias, as três em cima do córrego na parte onde ele está canalizado”.
Os comerciantes da região já começaram a perceber sérias quedas no faturamento com a situação. O senhor Agnaldo Anísio, proprietário de uma recuperadora de peças já há 20 anos no mesmo local, afirma que teme que com as próximas chuvas a situação piore.
"Diminuiu bem. As pessoas que vem, quem sabe chegar aqui para o carro mais em cima e vem, mas tem pessoas que dependendo nem vem. Agora está devagar mesmo. Eu estava pensando que eles já iam mexer, mas agora parece que há uma previsão de 20 dias. Com este entulho, com jeito que está aqui quando vier a chuva vai virar um caos", disse.
O senhor Kênio Martins Fortes, proprietário de uma distribuidora de água, gás e bebidas, afirmou que já teve um prejuízo de pelo menos 80% com a interdição das pistas.
"Por casa do asfalto que cedeu na Rui Barbosa, o nosso embarque e desembarque já estava prejudicado. A gora com a Senador Metelo, que eles já estavam começando a parar, vai virar um caos para a gente, porque freteiro não vai querer para lá em cima para trazer aqui. Já caiu as vendas, na portaria a gene vendia em média uns 70 garrafões de água, e já caiu 80%, porque não tem onde parar. O pessoal da prefeitura veio aqui, mas cada um deu um prazo diferente, cada um fala uma coisa. O meu medo é que com as chuvas este buraco venha para baixo do meu estabelecimento".
Rogério Florentino Pereira/OD
Colaborou Rogério Florentino Pereira.
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