O secretário-chefe da Casa Civil, Max Russi (PSB), afirmou que um novo escalonamento de salários dependerá do fluxo de caixa do governo do Estado. O gestor da pasta ainda acrescenta que todo esforço está sendo feito para que tudo seja quitado até o dia dez deste mês, “assim como manda a lei”. Por fim, negou que o repasse de R$ 199 milhões aos poderes tenha comprometido a quitação da folha.
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“Isso [escalonamento] vai depender da nossa receita. Temos até o dia dez para ser feito o pagamento. Estamos fazendo todo esforço possível. Não estamos estudando a possibilidade de escalonamento. Queremos pagar até a data estipulada, como manda a lei. Só não faremos isto, se não tiver recurso”, explicou o secretário.
Russi ainda afirmou que parte das emendas estão sendo pagas, também de acordo com o fluxo de caixa do Executivo. O secretário ressaltou ainda que existe uma dificuldade financeira, que já assola o Estado há algum tempo, mas que – dentro das possibilidades – o dinheiro está sendo repassado.
Questionado se o pagamento de R$ 199 milhões aos poderes pode ter comprometido o pagamento dos servidores estaduais, o secretário-chefe da Casa Civil negou. “Não, isso é do duodécimo, é direito dos poderes. Tem dificuldade em todo pagamento que é feito. Tenho confiança que tudo será feito dentro do prazo legal”.
No último dia de janeiro, o governador Pedro Taques (PSDB) disse que “nós ainda não temos, nesta data, informações sobre parcelamento e escalonamento, queremos pagar salário até dia 10. Vou repetir novamente, nós não temos a decisão sobre escalonamento, depende do fluxo de caixa”.
Taques falou sobre a incerteza de escalonamento ao ser questionado sobre uma reunião ocorrida entre o secretário-chefe da Casa Civil, Max Russi, com o Fórum Sindical, na qual o representante do governo teria apresentado o plano de escalonamento aos servidores.
Na segunda-feira (29),
Olhar Direto noticiou que o Governo já elaborou um calendário de escalonamento da folha salarial de janeiro, a ser paga em fevereiro. Apesar do cronograma montado, os salários serão pagos conforme o fluxo de caixa e o parcelamento pode ser evitado.
Em janeiro, a folha salarial do mês de dezembro, que deveria ser quitada até o dia 10 de janeiro, precisou ser escalonada. Um dia após o anúncio do escalonamento, o Governo anunciou que havia conseguido arrecadar o dinheiro necessário para quitar a folha.
A expectativa do Governo para este início de ano era que com a entrada dos R$ 496 milhões dos recursos do Fundo das Exportações (FEX) nas contas do Estado, o Executivo passasse ileso aos meses de janeiro e fevereiro, época em que a arrecadação do Estado tende a ser ainda mais baixa. No entanto, mesmo com o incremento, o Governo ainda encontra dificuldades para pagar os salários.
