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Aplaudido, ex-governador Silval deixa CPI do Paletó após três horas

23 Fev 2018 - 08:23

Da Redação - Wesley Santiago/Da Reportagem Local - Carlos Gustavo Dorileo

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Aplaudido, ex-governador Silval deixa CPI do Paletó após três horas
Aconteceu nesta sexta-feira (23) um dos mais aguardados depoimentos da ‘CPI do Paletó’, na Câmara de Vereadores de Cuiabá. Desta vez, o ex-governador Silval Barbosa foi ouvido e inquirido pelos parlamentares sobre o suposto pagamento de propina feito por ele a deputados durante o tempo que ficou à frente do Executivo.


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Por conta da presença de Silval Barbosa, a segurança foi reforçada na Câmara de Vereadores. Vale lembrar que o ex-governador confessou diversos esquemas, o que foi chamado de ‘delação monstruosa’ pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na semana passada, o ex-braço direito de Silval, Silvio César Corrêa, confirmou que todos os deputados sabiam que o dinheiro era de propina.
 
O Olhar Direto acompanha o depoimento do ex-governador Silval Barbosa:



12h31 - A sessão foi finalizada e Silval Barbosa deixou o local.

12h28 - As pessoas que estão na galeria aplaudiram a fala de Silval Barbosa. 

12h27 - O ex-governador ainda acrescenta que "tenho muita convicção [do pagamento de propina], ali estava uma fila indiana de deputados que estavam na minha sala. quem em sã consciência vai dizer que aquilo não era pagamento de propina? Eu estou pagando um preço altíssimo por estar aqui. Que isso possa acabar dentro da política. Jamais vou fugir da verdade".

12h23 - Silval afirma que nunca contratava pesquisas e que as contratadas foram pagas. 

12h21 - "O Silvio gravou e me comunicou. A iniciativa foi dele de gravar o vídeo", confirma Silval. 

12h15 - "Eu mesmo posso ter contratado a pesquisa ou o partido. Mas não tinha conhecimento de tal dívida", comentou Silval. 

12h14 - Questionado se tem como provar que os repasses feitos eram de propina, Silval diz que "todas as empresas, incentivos, desapropriações, tenho como provar. Tudo foi entregue ao MPF. Vinha dinheiro de incentivos e das desapropriações".

12h12 - "Quando repassava o dinheiro para o Silvio, já estava pré-definido para o que eu determinava de pagar", explica o ex-governador.

12h10 - "O que me beneficiei, devolvi, em uma quantidade muito maior", afirma Silval. 

12h06 - O advogado de Emanuel Pinheiro, André Stumpf, faz as perguntas.

12h02 - O vereador Jamilson Moura requer que os deputados que receberam o dinheiro de Silval Barbosa sejam chamados a depor na CPI. 

11h57 - O ex-governador afirma que ajudou financeiramente alguns partidos na campanha de 2014.

11h53 -  Silval afirma que a gravação de Alan Zanatta não trouxe nenhum prejuízo a sua delação. 

11h51 -  "Não existe margem de erro. Estou convicto que aquele vídeo era do pagamento da parcela de extorsão", frisou o ex-governador.

11h50 -  "Quando me reuni com o Emanuel Pinheiro, ele era enfático, dizia que precisava receber, que tinha compromisso. Essas coisas", confirma Silval.

11h47 -  "Nunca usei os institutos para mascarar números. Seria uma loucura tentar maquiar a pesquisa. Isso acaba dando um clima de já ganhou e a pessoa que está disputando, acaba sendo a principal prejudicada. Nunca usei este método", afirma Silval Barbosa.

11h45 -  Silval afirma que o ex-prefeito de Nobres, Devair Valim, o pressionou a pedido de Oscar Bezerra. Depois, os dois se encontraram no estacionamento do Big Lar, onde foi acordado uma antecipação de R$ 200 mil, valor que foi depositado em uma conta passada pelo deputado.

11h35 -  Luis Cláudio pergunta se Silval era sócio de Mauro Mendes. Silval responde que "para manter este sistema podre. Você tinha empresas que prestavam serviços da Petrobrás, 'MT Integrado', desapropriações, entre outros. De lá vinham os recursos para pagar isto. Meu irmão foi sócio do Mauro em uma mineradora, a compra dela não envolveu dinheiro de propina. Eles montaram, tocaram o início e depois venderam 50%". 

11h29 -  O presidente Marcelo Bussiki afirmou que será deliberado para que José Riva vá depor na 'CPI do Paletó'. 

11h26 -  "Eu que, infelizmente, fiz o acordo. As tratativas com os deputados, foi eu. O Silvio tinha a obrigação de passar o dinheiro".

11h21 -  O ex-governador diz que conheceu Emanuel Pinheiro durante o seu primeiro mandato, em 1999. A relação dos dois seria apenas política: "Quando estava atrasada a propina. ele me cobrou. Assim como todos os outros".

11h17 -  Silval afirma que, a partir do momento em que faz um colaboração deste nível, tem que comparecer em todas as convocações. Depois da divulgação desta gravação, nossa equipe jurídica fez as devidas manifestações no processo. 

11h15 -  "Eu fiz este acordo, como já disse, depois de muita reflexão. Estou confiante na Justiça. Eu disse a verdade e, onde sou convocado, vou falar o que aconteceu. Não quero condenar ninguém, cada um responde por aquilo que fez", responde SIlval ao ser questionado se mentira nesta CPI.

11h12 -  "Outros vídeos de gravação de extorsão, tiveram. Não com o Emanuel, mas com outros deputados recebendo. Constam todos na delação", comenta Silval. 

11h10 -  O ex-governador afirma que não se lembra de Emanuel Pinheiro o ter procurado para pedir pagamento de dívida referente a pesquisa.  

11h08 -  Silval afirma que recebia deputados constantemente, seja de situação ou oposição: "Emanuel Pinheiro esteve comigo muitas vezes, era meu papel atender a todos deputados".

11h03 -  "Durante o mandato do Blairo e do meu, existia o mensalinho e era passado dentro do orçamento. Parou em 2015 e foi institucionalizado. No meu governo, a verba indenizatória era de R$ 18 milhões e tinha que prestar contas. Agora não precisa mais", comentou o ex-governador.

11h -  "Nunca fiquei com divida, honrei todas dividas de campanha. Sobre esta questão do Popó, não foi pedido meu, não sabia disto", afirma Silval. 

10h58 -  Silval afirma que não passou dinheiro pessoalmente para Emanuel e que delegou esta tarefa para Silvio César.

10h55 -  "A única campanha que meu irmão se envolveu foi em 2010. Se ele deu algum carro, certamente foi naquele ano. Mas não posso afirmar se ele o fez", diz Silval Barbosa.

10h53 -  "Muitas pesquisas eram feitas durante as eleições, na Assembleia Legislativa também", acrescenta Silval. 

10h52 -  O ex-governador garante que não foi procurado por Emanuel Pinheiro, em momento algum: "Nunca me procurou e nem mandou emissário".

10h49 -  Silval garante que as propinas pagas atrapalharam os cronogramas das obras da Copa do Mundo: "O viaduto da Dom Orlando Chaves, trincheiras da Mário Andreazza, Verdão, Santa Rosa, viadutos do Despraiado e da Sefaz, Complexo do Tijucal, entre outras. Fiquei um ano sem ter repasse do Dnit. Depois que eu fui ver que eles exigiam R$ 2 milhões para normalizar. Não tinha dinheiro, estava quase parando as obras. Isso onera em tudo".

10h46 -  "Com certeza absoluta, posso dizer que aquele dinheiro era da extorsão. Não tem relação com divida alguma", crava Silval Barbosa. 

10h43 -  Questionado se Wanderlei da Trimec pagava propina para Emanuel, em seu nome, Silval diz que não ter conhecimento: "Quando pegava dinheiro com empresários, dizia que era para pagar campanha".

10h41 -  Serão abertas perguntas aos demais vereadores.

10h39 - Silval não confirma participação específica de Emanuel Pinheiro na aprovação da Lei de Incentivos Fiscais. 

10h36 -  O ex-governador pede que todos leiam a delação para saber o que ocorria na Assembleia Legislativa. 

10h34 -  "Quando começaram a criar as CPIs e eu já estava preso, confesso que pensava o seguinte: saíram as denúncias, tem pressão e vão me blindar. Mas foi ao contrário. O deputado Oscar Bezerra, quem o via na televisão, era o maior moralista do mundo. Ele colocou interlocutor para negociar minha blindagem e no fim, ele mesmo veio falar comigo, cheguei a antecipar R$ 200 mil. Depois, ainda insistiram com a minha família, pedindo dinheiro", comenta Silval.

10h32 -  O acordo, conforme Silval, garantiria o apoio total dos deputados, incluindo a aprovação das contas. 

10h30 -  Os deputados teriam relatado a Silval Barbosa que a vitória na Mesa Diretoria custou R$ 16 milhões. Porém, disse não estar apto a falar os nomes: "Seria irresponsável".

10h26 -  O ex-governador afirma que houve acordo com os demais parlamentares em todas as eleições da Mesa Diretora que ele acompanhou. "Na última mesa de 2015, quem disputava era Mauro Savi e Romoaldo Junior, o que eles me pressionavam era coisa de louco, R$ 8 milhões, R$ 10 milhões".

10h23 -  "Você conhece alguém que chegou ao poder de governador que não cedeu a pressão?", questiona Nadaf. Silval responde que "ninguém, a maioria das campanhas tem caixa dois. Todo governo tem pressão e cede".

10h21 - A maioria das pesquisas era feita no período eleitoral, comenta o ex-governador.

10h19 - "Esta questão do vídeo não tem nada a ver com pesquisa de Popó, é de propina, da extorsão do acordo feito com a Assembleia Legislativa. Eu nem sei se ele tinha algo para receber neste momento", dispara Silval Barbosa. 

10h16 - O ex-governador afirma que teve conhecimento da gravação de Silvio Cesar e Alan Zanatta através da imprensa, já que não pode ter contato com seu ex-chefe de gabinete.

10h14 - Silval comenta que, após ter sido preso, nunca recebeu a visita de Emanuel Pinheiro. 

10h13 - "Eu acabei com a minha vida. Tem um discurso que eu fiquei com R$ 1 bilhão, mas tudo está esclarecido nesta delação. Eu devolvi muito mais do que eu me apropriei. Vocês vão ver para onde foram os dinheiros de incentivos fiscais, obras da Copa, entre outros. No meu governo, passava R$ 50 mil reais a mais", acrescenta Silval.

10h11 - "Não estou aqui para condenar ninguém. Quero servir de exemplo para que outras pessoas não cometam os erros que cometi. Estou muito confiante na Justiça, tenho compromisso com a verdade. Isto acontece até hoje, infelizmente. Quando estive preso, várias autoridades do atual governo estiveram lá e me relataram diversas coisas. Isto tem que acabar. Estou confiante em Deus, acima de tudo e na Justiça", discursa Silval.   

10h09 - Nadaf questiona se Emanuel Pinheiro tentou convencê-lo a não fazer a delação. Silval responde que foi preso em setembro de 2015 e ficou sem receber visita de ninguém, com exceção da família: "Isso me remeteu uma reflexão profunda. Nesta altura, já tinha cinco prisões decretadas. Ninguém me procurou, eu conversei bastante com minha família. Por questão de consciência, eu decidi confessar".

10h07 - "Assumi o compromisso de pagar dividas do Blairo, assumi de pagar extorsão da AL e a extorsão do TCE", acrescenta Silval.

10h05 - "No fim começou a sacanagem, os deputados começaram a votar contra. A Luciane Bezerra chegou a brigar com o Silvio, por conta disto, os últimos pagamentos à ela foram feitos por Pedro Nadaf", revela o ex-goverandor.

10h03 - Segundo Silval, quando havia atraso no pagamento para os deputados, eles faziam pressão. Disse ainda que conversou com vários deles, inclusive Emanuel Pinheiro, já que foi um acordo coletivo. 

10h01 - "Soube que houve uma reunião no colegiado para decidir de que forma iam me cobrar. O deputado Adalto Freitas, o 'Daltinho', gravou esta reunião no colégio de líderes. Como era suplente, chantageou a Mesa Diretora, dizendo que se eles não derem um jeito de deixá-lo como titular, ia entregar o esquema", dispara Silval.

09h59 - A pressão, conforme Silval, começou quando foram liberados os convênios das obras da Copa do Mundo e do 'MT Integrado': "Quem me relatou foram Mauro Savi, Romoaldo Junior e José Riva". 

09h57 - Segundo o ex-governador, ficou acordado que o pagamento de R$ 600 mil seria feito em 12 vezes e a prefeita de Juara, Luciane Bezerra (PSB), seria a que mais recebeu.

09h55 - Silval também confirma o nome dos deputados que recebiam os R$ 600 mil, todos eles inclusos na delação, inclusive o de Emanuel Pinheiro.

09h52 - O ex-governador afirma que este acordo foi feito por ele com os deputados, mas os pagamentos eram feitos por Silvio César: "Para pagar, eu pedia para os empresários como se fosse pagar resto de campanha. O Silvio não aguentava mais pressão e gravou".

09h50 - "O Dnit chegou a atrasar um ano os repasses para as obras de mobilidade. O dinheiro só veio quando comecei a pagar", explica Silval.

09h49 - O ex-governador acrescenta que "o Legislativo funciona na pressão. Nunca vi tanta comissão criada igual foi na Copa do Mundo. Eu tinha só cinco obrigações para o Mundial. Mas aproveitamos para fazer muito mais. Todas não foram concluídas por falta de recurso, extorsões, atrasos, entre outros. Até o Tribunal de Contas do Estado (TCE) estava atrapalhando".

09h45 - Silval garante que foi feito um acordo de R$ 600 mil para cada deputado. 

09h44 - "Quando começaram as extorsões, também iniciaram as extorsões. Chegou um momento em que eu tive que escolher: pagava ou teria atrasos e talvez até não tivesse a Copa do Mundo aqui", acrescentou Silval. 

09h42 - "Aquelas imagens gravadas não tem nada ver com mensalinho. Mensalinho é outra coisa que havia no governo. Elas são de uma extorsão feita pelos deputados para garantir a sequência de obras", respondeu Silval.

09h40 - Antes de responder, Silval Barbosa entrega a cópia da delação. 

09h38 - Serão 14 perguntas feitas pelo vereador Adevair Cabral. A primeira é se as imagens gravadas por Silvio César era mensalinho aos deputados.

09h37 - Silval Barbosa entrou no plenário acompanhado de seu advogado. O local está lotado e praticamente todos os vereadores estão presentes.

09h36 - Integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL) estão presentes na galeria do plenário. O presidente Marcelo Bussiki inicia a sessão. 

09h30 - “Eu não acredito que possa mudar alguma coisa, ele tem ciência e consciência, está bem orientado pelos advogados que se ele falar a verdade ou mudar o seu depoimento, sua delação, ele volta para a cadeia, ele vai confirmar o que ele já disse e nós já temos conhecimento de tudo o que ele disse”, disse o vereador Paulo Araújo ao Olhar Direto.

09h22 - Na última semana, o ex-chefe de Gabinete de Silval Barbosa confirmou que os pagamentos feitos aos deputados - e gravados em vídeo - seria dinheiro proveniente de propina. 

09h16 - Os advogados de Emanuel Pinheiro e Alan Zanatta estão presentes no local.

09h02 - A movimentação ainda é pequena no plenário.

08h55 - A segurança foi reforçada na Câmara para o depoimento do ex-governador. Até o acesso as galerias estão sendo controlados, serão apenas 35 em cada uma delas. 



08h20 - O depoimento do ex-governador Silval Barbosa está marcado para às 09h  desta sexta-feira.
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