O vice-governador Carlos Fávaro, presidente regional do PSD, anunciou nas redes sociais a sua disposição em disputar o Senado da República por Mato Grosso, nas eleições deste ano. Ele já tinha anunciado a amigos próximos que não existia mais, de sua parte, disposição em sair candidato a vice-governador outra vez, exceto numa composição em que se tornasse imprescindível.
 
Fávaro observou, porém, que estava pronto para apoiar a reeleição ao Senado do ministro da Agricultura e Pecuária, senador mato-grossense Blairo Maggi (PP), por respeito e gratidão. “Quando assumimos o PSD, em 2015, o ministro Blairo Maggi foi uma das lideranças que nos deu apoio para construirmos um novo partido. Apoio este que sempre foi recíproco. Estávamos caminhando juntos com o ministro para a reeleição dele a senador”, citou Fávaro, em sua publicação no Facebook.
 
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A composição com o governador José Pedro Taques (PSDB), provável candidato à reeleição, não está clara. Carlos Fávaro focou somente na pré-candidatura para o Senado e não fez qualquer referencia ao quadro pré-eleitoral ou à política de alianças do PSD.
 
A desistência de Maggi deixou as bases e parlamentares do PSD em assanhamento irrefreável, notadamente nas redes sociais, pró Fávaro para senador. “Com o anúncio desta segunda-feira [26], o PSD definiu que pode ocupar esse espaço e eu me sinto preparado para ser pré-candidato ao Senado. Quero construir essa candidatura e conto com o apoio de vocês nessa caminhada!”, pediu Fávaro.

Nas redes sociais, nos últimos meses, Fávaro tem feito duras críticas ações pontuais do governo Pedro Taques. Ele teria conversado com partidos de oposição em busca de apoio, mas nunca assumiu isso publicamente.
 
Blairo Maggi anunciou sua desistência de concorrer ao Senado da República, em entrevista coletiva nesta segunda-feira. A intenção é de continuar no Ministério da Agricultura e Pecuária até dezembro de 2018, quando encerra o mandato do presidente Michel Temer (MDB). Apesar das juras de amor de Fávaro, na coletiva Maggi avisou que não vai apoiar ninguém para o Senado ou governo de Mato Grosso.