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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

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SOCORRO À MULHER

MT registra uma vítima de feminicídio a cada três dias; uma legião de órfãos com futuro incerto

Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto

Janaína Riva provocou ampliação do debate sobre feminicídio

Janaína Riva provocou ampliação do debate sobre feminicídio

Embora a discussão seja ainda embrionária, a apresentação de dados alarmantes choca até mesmo os mais insensíveis: a cada três dias, uma mulher é vítima de feminicídio em Mato Grosso. E não há registros claros sobre o tema, pois os dados são do próprio Olhar Direto e outros veículos de imprensa, com base em boletins de ocorrência, reportagens e registros porque da Polícia Judiciária Civil, já que a Secretaria de Estado de Segurança Pública não disponibiliza as chamadas “estatísticas oficiais”.

 
Nos três primeiros meses de 2018, 20 mulheres foram assassinadas em Mato Grosso, média de uma a cada três dias. Todos os assassinatos de mulheres ocorridos em Cuiabá, neste período, foram considerados feminicídios.

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Mato Grosso é o Estado com a maior taxa de feminicídio: 4,6 a cada 100 mil. Os dados são do Olhar Direto e do G1 (Globo), confrontados com números do Poder Judiciário, Polícia Militar de Mato Grosso e Polícia Judiciária Civil, mas não foram referendados pelo Ministério da Segurança Pública.
 
Os dados expõem não apenas uma preocupante escalada na violência contra as mulheres. Eles mostram também uma patente subnotificação nos casos de feminicídio. Três anos após a sanção da Lei do Feminicídio, o Estado ainda não contabiliza os números corretamente, dispondo apenas de dados parciais.
 
Os deputados Eduardo Botelho (DEM), presidente da Assmebleia Legislativa, e Janaína Riva (MDB), autora de projeto de lei que trata do tema, considera indispensável a ampliação do debate. “Estamos no Estado mais machista do País. Falar do Feminicídio em Mato Grosso é essencial para o desenvolvimento e efetivação de políticas públicas de proteção á mulher. Temos boas leis e bons projetos de lei em tramitação, o que falta é a vontade do governo de colocá-los em prática para fazer chegar às mulheres vítimas de violência, antes que sejam assassinadas”, avaliou Janaína, para a reportagem do Olhar Direto.
 
“Essa iniciativa da Janaina é extraordinária. Nós precisamos falar sobre o feminicídio e ele é ultimo ato de uma escala de opressão que acontece na sociedade desde as nossas infâncias quando somos colocadas em determinados lugares e os homens em outros. Esse crime e resultado de uma sociedade que cria homens para serem predadores sexuais e que prepara as mulheres para ficar em casa. Acho que tudo passa pela educação”, disparou a  antropóloga Flávia Serpa.
  
Janaína Riva vai abrir uma câmara temática permanente sobre o feminicídio, na Assembleia Legislativa, para trabalhar pela efetivação das políticas públicas já existentes e a criação de novas com as ideias oriundas do debate.
 
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