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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Legitima defesa

“Temi pela minha segurança”, diz soldado da Rotam sobre morte de empresário em baile funk

Foto: Reprodução/Facebook

“Temi pela minha segurança”, diz soldado da Rotam sobre morte de empresário em baile funk
O soldado da Ronda Ostensiva Tático Móvel (Rotam), Welliton da Silva Pereira, deu detalhes à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) sobre como ocorreu a morte do empresário Rafael Henrique Santi, morto na noite do último domingo (08), durante festa funk na Chácara das Poderosas, em Várzea Grande. O policial militar afirmou que disparou em legítima defesa e fugiu do local temendo por sua segurança.


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Ao delegado Marcelo Jardim, responsável pela investigação, o soldado explicou que estava de folga, resolveu passear com sua motocicleta e, ao passar pelo local onde acontecia um evento de som automotivo, decidiu entrar. Além disto, afirmou ter pago R$ 20 pela entrada e permanecido no local por algum tempo. Declarou que quando se dirigía ao estacionamento para ir embora, encontrou um amigo com quem ficou conversando, momento em que ouviu disparos de arma de fogo.
 
Na sequência do depoimento, o soldado afirmou que instintivamente, seguindo seu treinamento, e sem saber se os disparos eram em sua direção ou de outra pessoa, se abaixou, já sacando sua arma e se virando em direção ao local de onde partiam os disparos. Na sequência, gritou: “Polícia, larga a arma”. Porém, o empresário teria apontado a arma em sua direção, o que o levou a efetuar dois disparos em direção à ele.
 
Ainda em interrogatório, o soldado declarou que tentou acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas teria ouvido murmúrios do tipo “vamos pegar esse Polícia”, e decidiu deixar o local, temendo por sua segurança. O policial afirmou ter se apresentado no dia seguinte aos oficiais da Polícia Militar.
 
Conforme a assessoria de imprensa da Polícia Civil, a DHPP prossegue com as investigações para apurar todas as circunstâncias do homicídio em inquérito policial presidido pelo delegado Marcelo Fernandes Jardim. Duas armas de fogo, apresentadas pelo policial (um revólver calibre 38, sem numeração aparente, que teria sido usado por Rafael, e uma pistola 840, de uso do soldado) serão encaminhadas para trabalho pericial da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
 
Além do interrogatório do autor dos disparos, quatro testemunhas serão formalmente ouvidas na delegacia, segundo o delegado. “Eventual legitima defesa ou excesso por parte do policial serão apurados no curso da investigação para a devida apreciação do Ministério Público e Judiciário”, explica Marcelo Fernandes Jardim.

Com o empresário foram encontradas seis munições, que estavam dentro de sua meia.

Em nota, a PM disse que tomou conhecimento e está apurando o possível envolvimento: “Por determinação do comandante do Comando Especializado (Cesp), um Inquérito Policial Militar (IMP) foi instaurado para apurar se houve transgressão disciplinar em relação à conduta do militar”.
 
No texto, a Polícia Militar informou também que o soldado não estava no exercício das atividades militares no momento do fato: “A PMMT está comprometida com a total elucidação dos fatos e, em conjunto com a Polícia civil, está trabalhando para um rápido esclarecimento”, finaliza.
 
Talita Francyelli, esposa do empresário, fez diversas postagens em sua rede social após a morte do marido, sendo que em uma delas, aponta um policial como o autor do disparo que vitimou o homem. “Ele era trabalhador e pai de família”. Testemunhas apontaram que Rafael efetuou disparos para cima antes de ser morto.
 
“Olha ai senhor policial, o que você destruiu. Ele era trabalhador e pai de família. Filhos pequenos, que dependiam dele para tudo. O senhor deve estar em casa tranquilo, achando tudo normal”, disse a mulher em uma das postagens. O casal tem dois filhos pequenos.
 
O empresário tinha diversas passagens pela polícia por lesão corporal, brigas, entre outros.
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