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Domingo, 28 de abril de 2024

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Filha de verdureiro atropelado por médica clama por Justiça: “Queria que eles tivessem coração”

Foto: Rogério Durore/Reprodução

Filha de verdureiro atropelado por médica clama por Justiça: “Queria que eles tivessem coração”
Francimara Lucio da Silva, filha do verdureiro Francisco Lucio Maia, 48 anos, atropelado e morto na noite do último sábado (14), na avenida Miguel Sutil, em Cuiabá, pelo Jeep Compass, conduzido pela médica Letícia Bortolini, 35 anos, clamou por Justiça e afirmou que a penalização dos culpados trará conforto para a família: “Queria que eles tivessem coração”.


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Durante o velório do pai, Francimara mostrou força para falar sobre a situação: “Não tem como a gente ficar bem. Para melhorar um pouco a nossa situação, pedimos para a Justiça fazer o papel dela. O que eles fizeram é muito errado, não poderiam nem estar dirigindo, estavam embriagados”.
 
A filha conta que Francisco estava retornando para casa, após mais um dia de trabalho. Ele vendia verduras no bairro Cidade Alta, onde era bastante conhecido. O fatídico acidente aconteceu próximo da residência da vítima. Vendendo os produtos, ele auxiliava em casa e também ajudava os filhos.
 
“Eles [médicos] trataram meu pai como se fosse cachorro. Todo mundo conhecia o meu pai, vários clientes dele passaram aqui pelo velório para dar o último adeus”, afirmou Francimara, em entrevista ao Olhar Direto.
 
Questionado sobre o que falaria para os responsáveis pela morte do seu pai, Francimara diz que “Que eles não tenham mais coração. Se fosse com a família deles... queria que se colocassem no nosso lugar. Não está sendo fácil, pretendemos fazer uma manifestação para que isto não aconteça com outras pessoas”.
 
A juíza Renata do Carmo Parreira, da 11ª Vara da Justiça Militar e Custódia, converteu a prisão em flagrante da médica, Letícia Bortolini, responsável por atropelar e matar Francisco Lucio Maia na noite do último sábado, em prisão preventiva. Em seu despacho, a magistrada disse que decretou a prisão da suspeita por considerar sua “personalidade criminosa”.
 
“Superada a demonstração da materialidade e presentes os indícios de autoria, chega-se à inferência de que a ordem pública será abalada se a autuada for posta em liberdade, ante o modus operandi empregado na prática delitiva, onde demonstra, per si, a personalidade criminosa da ré”, escreveu a juíza, em sua decisão.

Um dia após ter a sua prisão em flagrante convertida para preventiva, a médica conseguiu um Habeas Corpus (HC) e foi liberada pelo desembargador Orlando Perri. A justificativa é que ela teria uma filha pequena para cuidar. Foram impostadas algumas medidas restritivas, como a proibição de beber e sair à noite.
 
O caso
 
Um homem de 48 anos identificado como Francisco Lucio Maia, 48, morreu na noite deste sábado (14), após ser atropelado pela médica Letícia Bortolini, 35, na Avenida Miguel Sutil, região do bairro Cidade Verde, em Cuiabá. Letícia estava em um Jeep Compass, com o marido, e ambos fugiram sem prestar socorro à vítima. Na mesma noite, ela acabou sendo presa e encaminhada ao Cisc Planalto.
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