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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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Caso EIG

"Quero que seja demonstrado onde nosso Governo errou", diz Taques sobre denúncias do MPE

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

O governador Pedro Taques (PSDB), que já havia desafiado a oposição ao seu Governo a mostrar onde ele teria cometido erros, pediu para que o Ministério Público demonstre quais ações de sua gestão teriam influenciado ou beneficiado o esquema de corrupção denunciado pelo órgão, praticado no Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT). Na semana passada, a pedido do Ministério Público, a Justiça determinou a prisão do ex-secretário chefe da Casa Civil e primo do governador, Paulo Taques, na segunda fase da ‘Operação Bereré’, denominada ‘Bônus’.  


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“Eu quero que seja demonstrado onde nosso Governo errou, para que as medidas sejam tomadas. Eu não posso falar que vou tomar medidas porque eu não sei onde foi o erro, o ilícito. Porque todas as ações necessárias, inclusive de avisar o Ministério Público, foram tomadas nesse caso da EIG. Até as pedras do rio Cuiabá sabiam que tinha coisa errada no Detran, não é isso? E nós tomamos as providências. Agora, nós não tínhamos os detalhes e nem o Ministério Público, nem a imprensa investigativa, tinham esses detalhes que surgem depois das delações, do ex-governador Silval Barbosa”, reclamou o governador, na manhã desta segunda-feira (14).

Taques disse, ainda, que não se recorda se havia sido alertado pelo Ministério Público acerca da possibilidade de as supostas fraudes praticadas no Detran terem continuado depois que ele se tornou chefe do Executivo, mas antecipou que não irá se manifestar sobre “offs” ou informações de bastidores. “Eu não vou responder sobre off. E outra coisa, eu não me recordo. Se ele [promotor, não citou nomes] me procurou, as providências foram tomadas”.

Logo após a prisão de seu primo, o governador sugeriu que estivessem tentando manchar o nome de sua família. “Estão querendo jogar o nome da minha família no lixo, isso eu não vou permitir”, afirmou, em entrevista coletiva. Paulo Taques não foi o único parente do governador preso. Pedro Jorge Zamar Taques, irmão do ex-secretário da Casa Civil, também teve mandado de prisão cumprido pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco). De acordo com o Ministério Público, ele utilizava de seu conhecimento jurídico para criar artimanhas que camuflassem o recebimento de propina e a participação de seu irmão no esquema.

Prisões de Paulo Taques

Esta é a terceira prisão do ex-secretário Paulo Taques, mas a primeira envolvendo investigação em esquema de corrupção. Nas outras duas vezes o advogado teve a liberdade restringida no âmbito de apuração sobre o escândalo dos grampos ilegais operados em Mato Grosso, por núcleo da Polícia Militar.

Operação Bônus

O ex-secretário da Casa Civil Paulo Taques e o deputado estadual Mauro Savi (DEM) foram presos em ação conjunta do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) e do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), na segunda fase da 'Operação Bereré', deflagrada na manhã desta quarta-feira (09). Além deles, outras quatro pessoas também tiveram mandados de prisão.

A segunda fase da 'Operação Bereré' foi batizada de 'Bônus'. Foram expedidos pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso seis mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão em Cuiabá, São Paulo (SP) e Brasília (DF). As ordens partiram do desembargador José Zuquim Nogueira.

A 'Operação Bônus' é resultado da análise dos documentos apreendidos na primeira fase da Bereré, dos depoimentos prestados no inquérito policial e colaborações premiadas. Tem como objetivo desmantelar organização criminosa instalada dentro do Detran para desvio de recursos públicos.

Bereré

A ‘Bereré’ é desdobramento da colaboração premiada do ex-presidente do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT), Teodoro Lopes, o “Doia". Dentre as informações prestadas por Doia, consta suposto esquema de cobrança de propina com uma empresa que prestava serviços de gravame - um registro do Detran.

Na primeira fase, os mandados foram cumpridos na Assembleia Legislativa de Mato Grosso e na casa de Savi e Eduardo Botelho. O ex-deputado federal Pedro Henry também foi alvo na ocasião.

O governador Pedro Taques decretou a intervenção do Estado no contrato que o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) havia firmado com a EIG Mercados para registro dos contratos de financiamento de veículos com cláusula de alienação fiduciária, de arrendamento mercantil, de compra e venda com reserva de domínio ou de penhor no Estado. A empresa foi alvo da ‘Operação Bereré’ e é apontada como pivô do esquema que teria desviado R$ 27,7 milhões.
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