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Sábado, 01 de junho de 2024

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Adolescentes que desaparecem são motivadas por álcool, drogas e sexo, afirma delegado

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Adolescentes que desaparecem são motivadas por álcool, drogas e sexo, afirma delegado
Somente neste ano, quase 150 crianças e adolescentes foram dadas como desaparecidas em Mato Grosso. Na capital, foram 32 casos em três meses. De acordo com o delegado do Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca) da Polícia Civil, Miguel Rogério Gualda Sanches, grande parte das adolescentes são motivadas por álcool, drogas e sexo.


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“Pelo dia a dia que a gente atende a motivação para essas meninas desaparecem são três motivos: álcool, drogas e sexo. Então, elas geralmente são pessoas da periferia, famílias desajustadas socialmente” afirmou o delegado, durante Seminário sobre Crianças Desaparecidas, na manhã desta quarta-feira (23), no Conselho Regional de Medicina (CRM).
 
Nos últimos dois anos, 1.288 menores desapareceram no Estado, sendo que 338 destes desaparecimentos foram registrados em Cuiabá. Conforme Miguel, os adolescentes em grande parte dos casos não possuem um bom relacionamento com pai ou a mãe. “Muitas vezes pai e mãe que não assumem seus papeis, querem terceirizar a criação do filho com tio, tia, avo, avó, e isso acaba deixando essa criança e adolescente num estado de vulnerabilidade”, explicou.

O corregedor do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Fernando Maia Vinagre, pontou os quatro tipos de perfis das crianças e adolescentes desaparecidos.  “Geralmente são pessoas de nível social e econômico mais baixo, são pessoas que às vezes sofrem violência domestica dentro de casa, que justificaria o desaparecimento voluntário, e pessoas que tem uma vida limitada e com promessas que vão ter melhores condições de vida, acabam se deixando levar por este tipo desaparecimento. A pessoa vai seduzida por promessas de dias melhores, quando na realidade não é isso que acontece. Essas pessoas geralmente estão envolvidas em adoção ilegal e doação de órgãos. A doação é regida por lei, e fugindo do que esta na lei, ela passa a ser ilegal. Trabalho forçado também e a prostituição. São esses os quatro viés mais evidentes da questão da criança e do adolescente desaparecidos”, disse.



“A intenção do Conselho é trazer essa discussão para a sociedade, chamar órgãos que podem participar deste assunto, o Ministério Publico, a Defensoria Pública, as Ong’s que cuidam desta questão, que também estão interessados”, completou. 
 
Devastada com o desaparecimento da filha, que aconteceu há 22 anos e cinco meses, Ivanise Esperidião fundou a Associação Brasileira de Busca e Defesa à Criança Desaparecida, conhecida como "Mães da Sé".

Fabiana Esperidião, filha de Ivanise, desapareceu com 13 anos de idade, no dia 23 de dezembro de 1995, em uma tarde de sábado a 120 metros de sua casa, na zona oeste de São Paulo. Desde então, ela contou que nunca teve nenhuma notícia que levasse ao paradeiro da filha. O corpo também nunca foi encontrado.



Durante todo período frente a “Mães da Sé”, ela já ajudou mais de quatro mil mães a reencontrar seus filhos.  "Durante os três primeiros meses que procurei pela minha filha, cheguei à beira da loucura. Durante o dia eu ia aos IML’s, e durante a noite eu para as ruas”, contou. “Eu fui a várias emissoras de televisão e ouvia que aquele assunto não estava em pauta. Eu ouvi durante três meses essas mesmas palavras. Como é difícil ficar sem saber o que aconteceu com a minha filha até os dias de hoje” lamentou.



Para a presidente do CRM-MT, Maria de Fátima de Carvalho Ferreira, é inaceitável o número de crianças que desaparecem a cada dia, pois todas têm direito à proteção. “Precisamos discutir, conhecer e difundir o que deve ser feito diante do desaparecimento de uma criança ou de um adolescente. Atrasos nas medidas a serem tomadas podem prejudicar a recuperação dessas crianças. É nesse sentido que os Conselhos têm se engajado na luta em prol da prevenção do desaparecimento e na luta por uma maior eficiência na busca, alertando médicos, principalmente pediatras, em medidas que podem contribuir para localização destas crianças".
 
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