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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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Quer que presos trabalhem

Delegado critica discurso de ressocialização e diz que pena serve para punir: “Produzindo bandidos”

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Delegado critica discurso de ressocialização e diz que pena serve para punir: “Produzindo bandidos”
Responsável por formar novos policiais, o diretor da Academia da Polícia Civil de Mato Grosso, delegado Carlos Fernando da Cunha Costa, criticou o discurso de ressocialização que, segundo ele, se instalou no país. Afirmou ainda que a pena tem este nome porque é feita para punir e disparou, com este pensamento, “estamos apenas produzindo bandidos”.


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“Não adianta investir milhões em inteligência se o criminoso não ficar preso. Se o preso tivesse que trabalhar dentro do sistema prisional seria ótimo, como que vamos ressocializar a pessoa. Com o que temos, o preso vai ficar usando droga e jogando bola dentro do presídio, só esperando para sair e cometer crime de novo”, comentou em entrevista ao Olhar Direto.
 
O delegado ainda apontou que “criou-se um discurso de que a finalidade da pena é ressocializar o indivíduo. Isso é uma grande mentira, ela é uma punição, por isso chama pena. Se não, seria medida educativa. Estamos produzindo bandidos, incentivando-os. Por que os EUA tem a maior população carcerária do mundo? Lá, as casas não tem muro”.
 
“A prisão é ainda a forma mais humana e democrática de se segregar um criminoso violento para proteger a sociedade. Temos que rever toda esta infraestrutura jurídica. Não sou a favor da pena de morte, mas sou a favor do trabalho, da educação, que o preso seja obrigado a passar por um processo de formação, que ele se qualifique dentro da cadeia. Elas teriam que ser fábricas, empresas”, sugeriu o delegado.
 
No fim, o delegado voltou a defender que os detentos sejam obrigados a trabalhar: “Ao invés do Estado dar dinheiro para família de preso, ele teria que trabalhar para que pudesse sustentar sua família. Tenho certeza que existem empresários que adorariam ser parceiros nestas iniciativas. É só querer mudar, mas não querem. Não adianta investir em inteligência, viatura, se os bandidos serão soltos. É um trabalho de enxugar gelo”.
 
O delegado possui graduação em Direito pela Universidade São Francisco (1996), especialização em Direito Penal e Processual Penal pela Escola Superior do Ministério Público do Estado de Mato Grosso, em convênio com a Universidade de Cuiabá (2007) e especialização em Prática Pedagógica no Ensino Superior pelo Centro Universitário Cândido Rondon (2011).
 
Além disto, também tem especialização em Gestão de Segurança Pública pelo Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal de Mato Grosso (2015) e mestrado em Direito Agroambiental pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Mato Grosso (2012).
 
Atualmente, é delegado de classe especial na Polícia Civil, onde exerce a função de Diretor da Academia de Polícia, tendo lecionado Direito Penal no Centro Universitário Cândido Rondon, e na Faculdade para o Desenvolvimento do Estado do Pantanal Mato-grossense, em Cuiabá - MT. Tem experiência nas áreas de Direito e Processo Penal, Direito Ambiental e Administrativo Disciplinar.
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