Olhar Direto

Sábado, 27 de abril de 2024

Notícias | Cidades

população obesa

Com mais de mil na fila, sonho da cirurgia bariátrica pode demorar até dois anos

Foto: Reprodução

Com mais de mil na fila, sonho da cirurgia bariátrica pode demorar até dois anos
Para muitas pessoas acima do peso, a cirurgia bariátrica, conhecida popularmente como redução de estômago, é um sonho. No entanto, ele pode demorar até dois para se concretizar, através do Sistema Único de Saúde (SUS), em Mato Grosso. Dados da Secretária do Estado e Saúde (SES) estimam que 1.100 pacientes aguardem por uma consulta, para posteriormente ser encaminhados ao procedimento cirúrgico, o último recurso contra a obesidade.


Leia mais: 
Paciente com obesidade mórbida morre à espera de ambulância que o comportasse em Cuiabá

O Hospital Metropolitano, em Várzea Grande, é o único a fazer o procedimento pelo SUS, no Estado. Ele se tornou referência no procedimento e chega a fazer, mensalmente, 20 cirurgias.  Neste mês, ao menos 55 pessoas já estão prontas para serem operadas. No entanto, como o número extrapola a média, os pacientes têm as cirurgias agendadas para o mês seguinte. A pasta garante que está tentando junto ao Ministério da Saúde ampliar esta cota.
 
Durante os dois anos, que o paciente aguarda o encaminhamento para a cirurgia bariátrica, ele é atendimento por uma equipe de médicos multidisciplinar, que o acompanha ate o dia do procedimento.
 
Segundo o Ministério da Saúde, a bariátrica é recomendada aos indivíduos que não responderam ao tratamento clínico longitudinal, que inclui orientação e apoio para mudança de hábitos, realização de dieta, atenção psicológica e prescrição de atividade física.
 
O diretor técnico do Hospital Metropolitano, doutor Alberto Bicudo explicou ao Olhar Direto que  “A indicação da cirurgia bariátrica, procedimento cirúrgico para tratamento da obesidade, também passa a ocorrer para o paciente, que tentou por dois anos tratar a obesidade por outros métodos de emagrecimento e não teve sucesso”.

“Esse serviço era e é ofertado pela rede, mas de maneira bem centralizada. A gente está querendo fazer um serviço mais centralizado de atenção ao obeso grave, de uma maneira mais organizada em termos de equipe. Falta no Hospital Metropolitano, por incrível que parece, espaço. A gente tem uma limitação. Ele [paciente obeso] precisa de um cuidado especial. Mas acho que a gente vai conseguir”, completou. 
 
Para ele, o procedimento deve ser feito apenas no último caso. “Além do risco da cirurgia, apesar de hoje as pessoas estarem fazendo de uma forma bem discriminada, ela é perigosa, tem risco de vida. Ela vai deixar uma sequela no paciente, com relação à capacidade alimentar”, afirmou.
 
Embora, o Hospital seja referência da cirurgia, ele ainda não oferta a plástica reparadora. “A gente tem uma rede. Os plásticos no Júlio Muller, no Hospital Geral e Santa Casa, que eventualmente fazem à reparadora. Mas outro objetivo nosso é fazer esse acompanhamento da plástica. O serviço ele foi pensado, inicialmente na época de implantação. E o que eu notei, é que o fluxo, protocolo interno ainda está como se o serviço estivesse sendo implantado, e não foi. Tem pacientes que já tem cinco anos que fez a cirurgia. Então, temos que repensar dar seguimento, não só do ponto de vista de reabilitação da plástica, mas também da parte psicológica. Tem muitos pacientes que se tornaram alcoólatras. Eles precisam de acompanhamento psiquiátrico também”, disse.
 
População obesa
 
Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizada pelo Ministério da Saúde aponta que 56,4% da população cuiabana sofre com o excesso de peso.  O levantamento traz dados coletados no ano passado, 2017, em todas as capitais do país e no Distrito Federal e revela a frequência de diversos indicadores de hábitos de saúde dos brasileiros.
 
Com objetivo de trocar informações e ajudar pacientes que vão passar pelo procedimento, Zenaide Lopes criou o grupo uma ‘Nova Chance para a Vida’. Segundo ela, no Estado cerca de 30 mil pessoas são consideradas obesas.
 
Além da intervenção cirúrgica, de acordo com a coordenadora, as pessoas precisam de todo um atendimento especializado no pós-operatório. “Após a cirurgia, o paciente precisa de um acompanhamento com psicólogo, nutricionista, por aproximadamente dois anos. Então, além ampliar o número de cirurgias, precisamos também que seja pensado em um ambulatório voltado para esse acompanhamento, com profissionais da área. Isso garantiria um tratamento completo, evitando até que a pessoa volte à obesidade. Não adianta só operar, tem que reeducar “, completou.   
 
 
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet