A Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) prendeu, na manhã desta sexta-feira (24), quatro pessoas suspeitas de envolvimento em fraudes ambientais na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), através do sistema de Cadastro Ambiental Rural (CAR). Entre os que tiveram mandados expedidos contra si está, novamente, o ex-gestor da superintendência da Sema, João Dias, que havia sido detido na primeira fase da operação.

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Segundo o que apurou o Olhar Direto, além de João Dias, foram presas: Valdicleia Santos e Patrícia Moraes. Os três já estão na sede da Dema, localizada no Centro Político Administrativo, onde passam por interrogatório. O mandado de prisão é temporário, de apenas cinco dias.
 
Os policiais ainda tentam cumprir um quarto mandado, também de prisão temporária, contra uma empresária e ex-servidora da Sema. O nome dela ainda não será divulgado para não atrapalhar as investigações. Ela já foi acusada de participação em um esquema de extração ilegal de madeiras, em 2010. Porém, os crimes acabaram prescrevendo.
 
O advogado Francisco Faiad, que defende o gestor da superintendência da Sema, João Dias, esteve na delegacia e disse que seu cliente foi preso preventivamente por cinco dias, por ser o chefe do departamento onde ocorreu a fraude.
 
"Houve a temporária de cinco dias de quatro pessoas, por conta de fraude em processos de CAR. É a continuidade daquela primeira fase. Ele (João Dias) foi solto na segunda-feira e ai voltou, por ser o chefe do departamento", disse o advogado do superintendente.
 
A operação denominada 'Polygunum' cumpre as ordens judiciais em Cuiabá, em endereços residenciais e escritórios de pessoas que atuam como responsáveis técnicos da área ambiental. A investigação tramita sob sigilo judicial absoluto. Um dos locais visitados é uma empresa que fica em frente ao condomínio Florais, na Capital.
 
No dia 13 de agosto deste ano, o superintendente de regularização e monitoramento ambiental, João Dias Filho e outros servidores da Sema foram presos na primeira fase da operação da Dema.
 
Além de João Dias Filho, também foram presos: Alan Richard Falcão Dias (assessor técnico III); Hiago Silva de Queluz (assessor técnico III) e João Felipe Alves Costa (assessor técnico III). Todos eles foram exonerados menos de 24 horas depois pelo governador Pedro Taques (PSDB), já que eram comissionados.
 
A apuração das unidades concentram-se em supostas irregularidades no sistema de Cadastro Ambiental Rural (CAR).

O nome da operação, Polygunum, faz referências a medidas geométricas de áreas, referenciadas em dados de propriedades, terrenos e cálculos de desmatamento.