A rápida e crescente adesão de 3,8 milhões de integrantes no grupo “Mulheres Unidas Contra o Bolsonaro”, se materializou em um grande ato neste sábado (29), nas principais capitais brasileiras e no mundo. Em Cuiabá, a manifestação acontece nesta tarde no monumento Ulisses Guimarães.

A rejeição veemente de 52% do eleitorado feminino ao candidato a presidência Jair Bolsonaro (PSL), fez das mulheres as protagonistas nesta campanha eleitoral. A reportagem do Olhar Direto acompanha o ato deste sábado e as organizadoras afirmam que, mesmo com a forte chuva, a mobilização não foi adiada.

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A forte chuva que atingiu a capital mato-grossense neste sábado (29) prejudicou o início da manifestação. A Polícia Militar e a Defensoria Pública estão de plantão acompanhando o movimento. A organização do ato afirmou que a mobilização segue. De acordo com a PM, cerca de 200 pessoas estão reunidas no ato.

O estudante Auri Mota ficou sabendo da manifestação pelas redes sociais. Ele afirma que é crucial que as mulheres se unam neste momento, já que são a parte da população mais oprimida, pelo machismo, que é representado pelo candidato que são contra.

“Estamos aqui para representar o ponto de vista contra o fascismo, contra o machismo, contra qualquer tipo de preconceito, contra o conservadorismo exacerbado que existe ainda na nossa cultura. Espero que a gente consiga mostrar que é necessário lutar, por mais que a gente se sinta impotente, quando a gente se une a gente vê que é maior do que pensa”.

Para o maestro Carlos Taubaté esta é uma oportunidade para as mulheres lutarem contra o machismo. Ele diz que também é importante os homens participarem desta luta contra as desigualdades.

“É fundamental elas se unirem, elas vão decidir a eleição no Brasil, o bom senso vai vencer por meio delas, ainda bem. Não é só um momento político, é muito mais que uma eleição, é a situação da mulher, é a oportunidade dela se impor e lutar contra o machismo”.

O biólogo e professor Luiz Gabriel, avaliou que como as mulheres são mais da metade da população, mostrar a rejeição do eleitorado feminino é muito mais simbólico do que os apoiadores de Bolsonaro dizem.

“A #elenão bombou, a gente sabe que o nosso Estado muito reacionário e conservador, então o Bolsonaro tem bastante eleitores aqui, mas mesmo assim a hashtag bombou no Estado e eu acho que se não fosse pela chuva este ato seria três ou quatro vezes maior. É importante todos apoiarem, não existe restrição ao feminismo ser um movimento só de mulheres, mas os homens devem dar apoio também”.

O movimento

O movimento autônomo começou por mulheres na Bahia. Após 24 horas de criação do grupo nacional, cerca de 600.000 participantes foram contabilizados. O grupo chegou até mesmo a sofrer um ataque cibernético, com o nome foi mudado para “Mulheres com Bolsonaro #17”. Em seguida, o grupo foi devolvido às administradoras.

Até então líder na intenção de votos, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) que concorre à presidência, já fez diversas declarações machistas ao longo de sua carreira política, além de comentários homofóbicos e racistas.













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