Acabou há pouco a manifestação dos estudantes dos cursos de enfermagem, nutrição e medicina da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), na avenida Fernando Correa. Os alunos pararam a rua como forma de protesto contra as atitudes tomadas pela Secretaria Municipal de Saúde, quanto ao estágio nos hospitais da rede municipal de saúde.
O impasse deve-se ao término do convenio entre a UFMT e a Prefeitura de Cuiabá sobre os estágios, que são obrigatórios para a conclusão dos cursos ligados às áreas da saúde.
A aluna do quinto semestre de enfermagem, Jaqueline Monte Stevanato, disse que ao chegar ao hospital para estagiar foi proibida de entrar. Segundo ela, a Secretaria de Saúde mandou um ofício aos locais de estágio proibindo a entrada dos alunos.
Francisco Souto, reitor em exercício na Universidade, conta que um novo convenio já foi assinado pela instituição de ensino, mas não pela Prefeitura. Ele acredita estar havendo uma morosidade por parte do secretário de Saúde do Município, e disparou: “é uma vergonha para a Prefeitura prejudicar uma instituição que foi sempre harmoniosa por 40 anos”.
Protesto
O protesto começou por volta das 8h15 no estacionamento do bloco de enfermagem, de lá os estudantes se dirigiram à Reitoria, para cobrar um posicionamento da instituição frente às medidas tomadas recentemente pela Secretaria Municipal de Saúde.
A reitora Maria Lúcia Cavalli Neder está em viagem para Brasília e não pode atender os alunos. No entanto, Francisco Souto, vice-reitor ouviu as reivindicações dos estudantes e explicou que a UFMT está fazendo a sua parte para regularizar a situação dos estágios.
Segundo ele, a Universidade vem procurando a Secretária Municipal de Saúde para resolver inúmeros problemas dessa área da instituição, e que a indisposição com a regularização do convenio para estágios, é apenas a “ponta do iceberg” dos desentendimentos com a prefeitura.
Da reitoria, os alunos seguiram para a avenida Fernando Correa e paralisaram o transito por cerca de uma hora e meia. A paralisação não chegou a ser total, aos poucos os carros conseguiam desviar e passar um por um, mas mesmo assim o engarrafamento se estendeu por toda avenida.
O movimento foi disperso pela Polícia Militar, mas os estudantes avisaram: se a situação dos estágios não se normalizar, eles voltam às ruas.
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