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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Gari que teve perna amputada recebe prótese da Prefeitura e deverá passar por nova cirurgia

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Gari que teve perna amputada recebe prótese da Prefeitura e deverá passar por nova cirurgia
O gari Darliney Silva Madaleno, de 41 anos, atropelado pela procuradora aposentada Luíza Siqueira de Farias, de 68 anos, na madrugada do dia 20 de novembro do ano passado, na Avenida Getúlio Vargas, em Cuiabá, ganhou uma prótese da Prefeitura de Cuiabá. Feita sob medida, em São Paulo, ele agora aguarda uma nova cirurgia no Hospital São Benedito, para que possa voltar a caminhar, pelas ruas do bairro Renascer, onde mora com a esposa, Rosilda de Souza, de 53 anos.


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“Deu divergência. Eu peguei a perna agora e quando forçar, o osso pode furar a gordura e pegar na pele. Isso acontece nas cirurgias de emergência, para salvar a vida da pessoa”, afirma. O procedimento deve acontecer em breve, mas ainda não está marcada. Ele deverá ser submetido a novos exames na próxima semana. 

A família passa dificuldades financeiras. O auxilio de R$ 998 do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) não é suficiente para as despesas do casal, que incluem R$ 500 de aluguel, além de luz, água e alimentação. “A gente vai vivendo como pode”, acrescenta Rosilda.
 
No último dia 10, aconteceu uma audiência de conciliação.  A procuradora não compareceu, mas mandou advogado para representá-la. Na ocasião, não houve acordo de indenização para a vítima.
 
“O advogado dela olhou sério e disse: ‘minha cliente não quer acordo’”. Lembra Rosilda. “Saímos de lá tristes, a gente quer o básico, ele não escolheu ficar assim, não escolheu isso ai, ninguém queria isso. O culpado tem que fazer alguma coisa.”, lamentou ao Olhar Direto, com os olhos cheios de lágrimas.  
 
Para auxiliar na renda, ela tenta vender chinelos. Mesmo com vontade, não consegue sair de casa para oferecer os produtos, já que precisa acompanhar integralmente.



O casal precisa de ajuda para conseguir pagar o aluguel, contas básicas como luz e água, além dos custos com alimentação e medicamentos. Para quem quiser e puder ajudar com qualquer quantia, pode entrar em contato através do telefone: (65) 9697-4574, ou fazer depósito bancário para a conta abaixo:

Caixa Econômica Federal
Agência: 1569
Operação 013
Conta Poupança: 00029280-9
CPF: 616.853.051-72
Rosilda de Souza Eckstein
 
O caso

A procuradora Luiza Siqueira de Farias, de 68 anos, atropelou um funcionário da empresa que presta serviços de coleta de lixo para a Prefeitura de Cuiabá, na madrugada do dia 20 de novembro, de 2018, na Avenida Getúlio Vargas. A vítima, Darliney Silva Madaleno, trabalhava no momento em que foi esmagado entre o veículo da mulher, um Jeep Renegade, e o caminhão da coleta. De acordo com informações da Polícia Civil, Luiza dirigia com uma taxa de 0,66 mg de álcool por litro de ar expelido, ou seja, duas vezes a mais do que o permitido pela lei. 

O magistrado Jeverson Luiz Quinteiro concedeu liberdade provisória à procuradora ao arbitrar a fiança de oito salários mínimos (R$ 7,6 mil). A audiência de custódia foi realizada no inicio da noite do mesmo dia, no Fórum de Cuiabá. A procuradora aposentada assinou termo de compromisso e está proibida de dirigir. Ela teve a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) recolhida.

A defesa da aposentada afirmou que ela não estava embriagada no momento do fato: “estado de síncope”. Em nota, a defesa explica que “as imagens veiculadas por alguns sítios virtuais não retratam ou comprovam qualquer quadro de embriaguez, senão um estado de choque decorrente da forte colisão, a qual acabou por gerar, conforme laudo médico, um ‘estado de sincope’”.
 
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