Representantes do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso realizam uma manifestação nesta manhã em frente ao Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC) contra o secretário de Saúde, Luiz Soares.  Usando camisetas com a frase “Basta Prefeito” os médicos se mobilizam para caminhar até o Palácio Alencastro e entregar a carta de demissão ao prefeito. A medida extrema foi tomada depois de seguidos embates entre a categoria e o secretário Luiz Soares, que criticou os médicos-professores de usarem as unidades de saúde como "salas de aula" para os alunos poderem completar suas horas de estágio.

A problemática é que dos 25 médicos que se demitiram, 23 são cirurgiões do Pronto Socorro Municipal. A equipe era composta por 29 médicos cirurgiões, que agora vai contar apenas com seis no hospital.

Por outro lado, Luis Soares chegou a declarar que teria 800 outros médicos disponíveis para assumirem as vagas, situação questionada pelo presidente do sindicato. “Cadê esses médicos? Quantos deles são cirurgiões e quem estaria disposto a assumir o pronto socorro?”, declarou Luis Carlos Alvarenga. 

O vereador da capital, Toninho de Souza (PDT), membro da Comissão de Saúde, também esteve há pouco no local e disse que vai exigir em Plenário da Câmara de Vereadores, nesta terça-feira, que o prefeito Wilson Santos negocie pessoalmente com os médicos e resolva o impasse, já que 25 membros da categoria já assinaram a demissão.
 
“O secretário não tem condições políticas para resolver. Ele é intransigente”, declarou o parlamentar. Toninho criticou ainda o fato de ter convocado o secretário para conceder explicações na Casa de Leis, mas até o momento não obteve resposta. Outras convocações já foram feitas, mas a Mesa Diretora aprovou apenas uma reunião de “portas fechadas” com os vereadores. O parlamentar aproveitou ainda para convidar o presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso, Luiz Carlos de Alvarenga, para ir à Casa de Leis para criticar o secretário.