Os vereadores Toninho de Souza (PDT) e Lúdio Cabral (PT) usaram a tribuna da Câmara de Vereadores de Cuiabá, nesta manhã (01) para afirmar que a manutenção de Luiz Soares na Secretária Municipal de Saúde é insustentável. Entre várias criticas, os vereadores mostraram-se solidários as denuncias de assédio moral. Contudo, Toninho defendeu o prefeito Wilson Santos (PSDB).
O vereador Lúdio Cabral, que também é médico, além de defender a saída do secretário por “incompetência administrativa”, fez coro às outras reivindicações da classe médica. Entre elas, a reformulação do plano de cargos, carreiras e salários, lembrando que a categoria possui o penúltimo menor piso do país. Médico. Neste caso, ele usa Rondônia como exemplo a ser seguido “Lá pagam nove vezes mais que o piso nacional para um médico, que é quem atende o povo”, falou.
O petista também afirmou ser inadmissível um secretário usar um abono salarial como forma de coagir os médicos a agir de acordo com a própria vontade. “É um ambiente onde o assédio moral é permanente”, falou, antes de acrescentar que Soares administra a pasta em um sistema de “terror”.
Incisivo, Lúdio afirmou que antes do secretário acusar os médicos de duplicidade de vínculos, por serem prospectores de alunos, “Luiz Soares deveria olhar para dentro do próprio gabinete. Para o secretário adjunto e outros funcionários, pois ai vai constatar vinculo até quadruplicado”.
Já para o parlamentar pedetista, a crise instalada no setor da Saúde, é criação do próprio secretario. “Luiz Soares não possui habilidade política para contornar esta crise criada pelo próprio,” afirmou Toninho. Porém o vereador fez questão de demonstrar apoio a Wilson Santos, cobrando que o prefeito assuma pessoalmente as negociações para enfim soluciona-las.
Toninho ainda indicou a criação de uma comissão de vereadores para trabalharem como interlocutores nas negociações entre a classe dos médicos e o prefeito Wilson Santos (PSDB).
Os vereadores Franscisco Vuolo (PR) e Everton Pop (PP) também manifestaram apoio as declaraões dos outros vereadores.
Na tribuna
Convidados pelo vereador Toninho de Souza, o presidente do CRM (Conselho Regional de Medicina), Arlan Ferreira Azevedo, e o presidente do sindicato dos médicos em Mato Grosso, Luiz Carlos Alvarenga, falaram na tribuna livra da Câmara para solicitar a ajuda da Casa de Leis nas negociações como prefeito.
Na ocasião, Arlan acusou Soares de praticar uma administração ‘leonina’ e de usar dos abonos salariais para ‘escravizar’ os médicos. “Ele usa da portaria 16 – que impõe normas para a suspensão do abono salarial estadual - para poder escravizar os médicos”, declarou.
