Neste domingo, 15, o MT-Hemocentro completa 15 anos de existência. Unidade da Secretaria de Estado de Saúde, o órgão comemora o crescimento dos últimos anos e continua o difícil trabalho de buscar cada vez mais doadores para suprir os estoques de sangue.
Eliana Rabani, diretora geral do MT-Hemocentro, diz que os estoques têm conseguido manter a média, o que significa que “suprir totalmente não supre, mas não deixamos faltar”, diz a diretora.
A principal dificuldade ainda é a conscientização das pessoas em procurar as unidades de doação de sangue. O Hemocentro do Estado investiu muito em tecnologia nos últimos anos, em estrutura e em descentralizar diversas unidades por todo o Mato Grosso. Mas, a doação de sangue é uma atitude individual, que ninguém mais que o doador pode tomar. “E essa dificuldade em encontrar doadores não é algo localizado, é um problema no Brasil inteiro”, explica Eliana.
Para melhorar o problema, entram as campanhas de doação, que sempre surtem efeito. “Quando tem campanha, brindes ou propagandas, melhora muito a procura por doação. As pessoas vão atrás”, conta a diretora. Ela continua, dizendo que mais campanhas e trabalhos de conscientização da população têm de ser feitos para ajudar a manter os estoques de sangue.
Porém, cerca de 10 campanhas já são feitas ao longo do ano, o que dá quase uma por mês. O foco volta novamente à população, que deve fazer sua parte. Dentre o total de campanhas, algumas têm data fixa, outras atendem a momentos de dificuldade. “Quando está faltando sangue, a gente logo faz uma campanha”, explica Eliana. E ela lembra que os sangues com fator RH negativo são os mais escassos nos estoques, pois são os mais difíceis de encontrar na população.
O MT-Hemocentro
O MT-Hemocentro tem a tarefa de suprir a demanda e manter os estoques de sangue para atender aos Usuários do Sistema Único de Saúde em todo o Estado. Além das doações de sangue e de medula óssea (Redome), o MT-Hemocentro é referência em todo o Estado no diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos pacientes com doenças hematológicas, dentre elas: hemofilia, leucemia, Von Willebrand (Fator de Coagulação do sangue), talacemia, dentre outras doenças. Para este tipo de atendimento, a unidade possui um ambulatório especializado, com uma equipe multidisciplinar para dar todo o apoio aos pacientes que necessitam do serviço.
Em Mato Grosso existem 47 unidades descentralizadas, das quais 18 são Unidades de Coleta e Transfusão (UCT’s), que coletam o sangue e também efetuam a transfusão, e 29 são Agências Transfusionais (AT ‘s), que garantem a captação de sangue e hemoderivados.
As Unidades de Coleta e Transfusão estão localizadas nos municípios de Água Boa, Alta Floresta, Barra do Bugres, Barra do Garças, Cáceres, Colíder, Comodoro, Jaciara, Juara, Juína, Mirassol D’Oeste, Porto Alegre do Norte, Primavera do Leste,Sinop, Sorriso, Barra do Garças, Tangará da Serra e em Cuiabá no Hospital e Pronto Socorro Municipal.
Já as Agências Transfusionais se encontram nos municípios de Alto Araguaia, Aripuanã, Brasnorte, Campo Novo dos Parecis, Campo Verde, Canarana, Chapada dos Guimarães, Confresa, Diamantino, Guarantã do Norte, Marcelândia, Nobres, Nortelândia, Nova Brasilândia, Nova Mutum, Nova Xavantina, Paranatinga, Peixoto de Azevedo, Poconé, Pontes e Lacerda, Poxoréo, Rosário Oeste, Hospital Regional de Rondonópolis, São Félix do Araguaia, São José dos Quatro Marcos, Terra Nova do Norte, Vila Rica, Várzea Grande e, na capital, no Hospital Universitário Julio Muller.
A doação de sangue
Doar sangue não engorda, não emagrece, nem afina o sangue. Tudo isso são apenas mitos que tem dificultado os trabalhos de hemocentros em todo o país. Qualquer pessoa entre 18 e 60 anos, com mais de 50 quilos e com algumas características de saúde pode doar. Essas características são, no geral, não apresentar nenhuma doença infecto contagiosa, não ter ingerido álcool nas últimas 24 horas e não estar em jejum. O procedimento é simples, não dói e leva apenas alguns minutos. O homem pode doar sangue a cada dois meses e a mulher, a cada três. O único efeito colateral é a satisfação de poder ajudar uma vida!
A doação de medula
Qualquer pessoa que tenha entre 18 e 55 anos, tenha boa saúde e não apresente doenças, como as infecciosas ou as hematológicas, pode se cadastrar no MT – Hemocentro como doador voluntário de medula óssea. O candidato recebe todos os esclarecimentos sobre o processo de doação e, em seguida, é colhida uma pequena amostra de sangue, que será submetida ao exame de classificação da medula (HLA - características genéticas importantes para a seleção de um doador) e enviado ao Redome, cujo cadastro central é sediado no Estado do Rio de Janeiro.
Quando surgir compatibilidade do doador com algum dos pacientes que aguardam o transplante, novos procedimentos vão garantir a efetivação da doação. No momento do cadastro, é indispensável à apresentação da carteira de identidade ou da carteira de trabalho na unidade do MT - Hemocentro.
O MT-Hemocento fica na Rua 13 de junho, 1055 – Porto - Cuiabá/MT. O telefone de contato é (65) 3623-0044 .
