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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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Dados do Imazon

Desmatamento acumulado de MT é o maior dos últimos 15 anos; estado é o 1º no ranking de degradação na Amazônia Legal há 3 meses

Foto: Agência Brasil

Desmatamento acumulado de MT é o maior dos últimos 15 anos; estado é o 1º no ranking de degradação na Amazônia Legal há 3 meses
O desmatamento acumulado de Mato Grosso é o maior dos últimos 15 anos, assim como o do Brasil. Além disso, o estado é o primeiro no ranking de degradação ambiental há três meses. Os dados são do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Neste ano de 2022, 1.369 km² foram desmatados de janeiro a setembro, um aumento de 3% em relação a 2021.



Gráfico: Imazon

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A Imazon implantou seu Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) para a Amazônia Legal em 2008. Desde então, o desmatamento acumulado em Mato Grosso nunca foi maior do que o de 2022. Segundo a pesquisadora do instituto, Bianca Santos, cinco municípios do estado concentraram mais da metade de tudo que foi desmatado em setembro de 2022.

O município líder de desmatamento em setembro foi Colniza, seguido de Nova Maringá, Juína, Cotriguaçu, Nova Monte Verde e Nova Canaã do Norte. “É possível visualizar especialmente que esse avanço tem se dado em regiões próximas da fronteira entre Mato Grosso, Amazonas e Rondônia. Além de tudo isso, também tem avançado para dentro de áreas protegidas como unidades de conservação e terras indígenas. Em especial para a Unidade de Conservação RESEX-Guariba Roosevelt, e a terra indígena Sete de Setembro”, explicou.

Em relação à degradação ambiental, que está relacionada à extração de madeira e às queimadas, Mato Grosso concentrou 74% de toda registrada na Amazônia Legal no mês de setembro. “Ele ficou em 1º lugar no ranking dos estados que mais degradaram a floresta, concentrando 3.865km² de degradação para esse mês, que representa aumento de 304% se a gente comparar com o mesmo período no ano anterior. Além disso, está há 3 meses em primeiro lugar no ranking de degradação, e nesses três meses vem apresentando aumentos. Essa região onde se concentrou no mês de setembro a degradação florestal, é próximo da região de fronteira com o estado do Pará”, explica a pesquisadora.

Bianca Santos afirma que as queimadas são causadas principalmente em processos de limpeza de área com utilização de fogo e, por conta do tempo seco, se espalham facilmente. “Esse fogo pode percorrer quilômetros de distância e provocar uma perda de fauna e flora, além de ser prejudicial à saúde. A fuligem proveniente da queimada, além de viajar por áreas muito grandes, tem um impacto na saúde da população. Ela pode chegar a causar problemas respiratórios. Muitos estudos já apontaram que ela não prejudica só a população local, ela pode ser prejudicial para pessoas que moram em outras regiões”, concluiu Bianca.



Outro lado

A Secretaria de Estado de Mato Grosso afirmou que utiliza como parâmetro os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e, neles, o desmatamento de janeiro a setembro de 2022 reduziu em 47% em relação a 2021. Veja a nota na íntegra:
 
Os dados do DETER/ INPE mostram que o desmatamento no período de janeiro a setembro de 2022 reduziu em 47% em relação ao mesmo período do ano anterior em Mato Grosso. Os dados oficiais de desmatamento utilizados pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente são os disponibilizados pelo INPE.  

Mato Grosso é destaque nacional pelo melhor desempenho no combate ao desmatamento ilegal entre os estados da Amazônia, conforme levantamento do MapBiomas, que apontou que o estado agiu em 62% da área em que foi identificado algum alerta de desmate.

O Governo de Mato Grosso investiu mais de R$ 165 milhões na prevenção de incêndios florestais e desmatamento ilegal em todo o estado, desde o início da atual gestão. Em 2022, são R$60 milhões para aquisições e operações ambientais. Metade deste aporte (R$30 milhões) é aplicado diretamente nas ações de prevenção e combate ostensivo aos incêndios florestais, com o foco de mitigar a degradação ambiental.

A Sema atua o ano todo na prevenção e combate aos crimes ambientais monitorando todo o território por imagens de satélite de alta resolução, multando e embargando áreas por fiscalização presencial e remota. Em 2022, O Governo do Estado aplicou 1,135 bilhão em multas por crimes ambientais, embargou uma área de 173 mil hectares, expediu 2250 autos de infração e atendeu 6788 alertas de desmatamento.
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