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Sábado, 27 de abril de 2024

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Hérnia de Disco - O que há de novo no tratamento

Foto: Reprodução / Ilustração

Hérnia de Disco - O que há de novo no tratamento
Cerca de 40% das pessoas apresentam sintomas relacionados à hérnia de disco em algum momento da vida. Ela ocorre quando há extravasamento do conteúdo do disco intervertebral para fora de seu local habitual e o paciente pode sentir dor quando a hérnia de disco comprime as raízes nervosas que saem da coluna.


A maior parte dos casos, apresenta-se na idade entre os 30 a 50 anos e está associada ao processo natural de envelhecimento do indivíduo, que leva ao enfraquecimento da estrutura do disco intervertebral ao longo do tempo.

Eventualmente, pode acontecer após um trauma, mas, indivíduos obesos, sedentários, tabagistas e os que passam grande parte do seu dia sentados apresentam maior risco para desenvolver a hérnia de disco. Também, observa-se a ocorrência duas vezes mais comum em homens do que nas mulheres.

Nos quadros dolorosos da hérnia de disco, pode ocorrer uma dor característica nas pernas, denominada dor ciática (ciatalgia) e o médico especialista em coluna deve ser consultado para melhor avaliação.
 
Como ocorre a hérnia de disco?
 
A coluna é formada por vértebras que são separadas uma das outras pelos discos intervertebrais, responsáveis por proporcionar amortecimento dos impactos e mobilidade para a coluna.
O disco intervertebral é composto por duas estruturas diferentes:
  • Um anel fibroso em sua periferia, uma estrutura mais firme e que confere estabilidade para o disco;
  • Um núcleo pulposo em sua parte central, mais viscoso e que confere maior elasticidade.
A hérnia de disco se forma quando há o rompimento do anel fibroso, permitindo o extravasamento de parte do conteúdo do núcleo pulposo.

Este conteúdo extravasado pode levar à compressão de estruturas ao redor da coluna, especialmente das raízes nervosas que virão a formar o nervo ciático.

Ainda que possam acometer qualquer segmento da coluna, as hérnias são mais comuns na região lombar e cervical, regiões onde há maior mobilidade da coluna.
 
Sintomas
 
O que poucas pessoas podem saber, é que a maior parte dos pacientes com hérnia de disco são capazes de se recuperar espontaneamente, sem necessidade de cirurgia. Muitas vezes,  nem chegam a sentir dor ou sintoma.

Uma hérnia que esteja estável, sem causar compressão de alguma raiz nervosa, pode se desenvolver de forma silenciosa e ser descoberta por acaso ao realizar um exame de rotina ou por qualquer outro motivo.

Aproximadamente, 80% dos casos evoluem bem, com o próprio corpo reabsorvendo o conteúdo extravasado e tendem a melhorar entre 6 a 12 semanas. Quando não há melhora dentro deste prazo, o prognóstico torna-se mais incerto e a evolução mais lenta, com o paciente podendo vir a sentir uma dor bastante incapacitante e prolongada.

Os sintomas dependem da localização da hérnia e do disco acometido. Se for na parte mais alta da coluna lombar, logo abaixo das últimas costelas, a dor tende a irradiar para a região anterior da coxa.

A queixa mais comum do paciente com hérnia de disco é quando o disco se situa na região lombar baixa, causando a dor ciática, uma dor que irradia para as nádegas, coxa e panturrilha.

Frequentemente, é descrita como uma queimação com piora durante a noite e também com movimentos em que o tronco é flexionado para frente, como ao amarrar um calçado. Ela pode estar acompanhada de dormência, formigamento e fraqueza nas pernas, geralmente acometendo um único lado.
 
Novidades no tratamento da hérnia de disco
 
Infelizmente, a recorrência da hérnia de disco é comum. Cerca de 25% dos pacientes voltam a ter dor ciática e 40% voltam a ter dor lombar no prazo de um ano após a melhora da dor. A recorrência é maior quanto mais comprometido o disco estiver, possível de ser visualizado em exames de imagem.

Considerando que a dor nas costas é a queixa mais comum em clínicas de ortopedia, é bastante comum a associação dela com a hérnia de disco, sem que a hérnia seja a causa, de fato, da dor.

Infelizmente, muitos são, inclusive, operados da hérnia de disco de forma inadequada, frustrando-se depois com a não melhora da dor. É fundamental uma avaliação criteriosa do especialista em coluna.

Um bom procedimento para confirmar o diagnóstico e uma boa novidade no que se refere ao tratamento não cirúrgico para fins terapêuticos, é o bloqueio foraminal.

É uma espécie de injeção na coluna, com infiltração de medicamentos associando corticoide e analgésico. Ao ser aplicada no local da dor, havendo a melhora (mesmo que temporária), tem-se a confirmação de que o local era realmente o responsável pela dor. Caso contrário, o médico especialista em coluna irá investigar outras causas.

O bloqueio anestésico tem por objetivo “desligar” a transmissão da dor pelo nervo e, consequentemente, a interpretação da sensação dolorosa pelo cérebro.

Uma vez feita a injeção, o alívio da dor é quase imediato, porém temporário, enquanto durar o efeito da medicação, o que varia de acordo com o paciente. Assim, diferentes respostas podem ser observadas a partir do bloqueio anestésico:

- Melhora da persistência da dor: ainda que o procedimento não seja capaz de regredir a hérnia, o alívio da dor pode dar ao  paciente o tempo necessário para que o próprio organismo absorva o conteúdo extravasado da hérnia de disco. Assim, quando a duração do efeito da medicação passar, o paciente pode não voltar mais a sentir dor.

- Melhora temporária da dor: o alívio temporário da dor seguido pela recorrência dos sintomas, confirma o local da causa da dor, que voltou assim que o efeito da medicação passou. Caso a dor e os exames justifiquem, a cirurgia poderá eventualmente ser indicada nestes casos.

- Ausência de resposta: é comum que pacientes apresentem uma hérnia de disco nos exames de imagem, tenham uma dor característica e, ainda assim, não ser a causa principal da dor. Assim, quando o bloqueio anestésico não tiver resposta nem mesmo temporária, significa que muito possivelmente a hérnia não era o motivo principal da dor.

Após o procedimento, o paciente poderá retomar a sua rotina em aproximadamente 24 horas, evitando atividades mais pesadas em um primeiro momento.

Uma vez recuperado da dor, é importante que o paciente tenha atenção com medidas preventivas para evitar esta recorrência, como o controle de peso, cuidados com a postura e atividade física, aliando medicina e exercício na busca do bem-estar.
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