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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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COP-27 EGITO

MT responde por 73% da exploração ilegal de madeira da Amazônia em imóveis com CAR

MT responde por 73% da exploração ilegal de madeira da Amazônia em imóveis com CAR
O estado de Mato Grosso responde por 73% do total de exploração ilegal de madeira apurada entre imóveis com Cadastro Ambiental Rural (CAR), de agosto de 2020 a julho de 2021 na Amazônia brasileira. Os dados constam no relatório "Mapeamento da exploração madeireira na Amazônia", lançado nesta quinta-feira (10) pela Rede Simex (Imazon, Idesam, Imaflora e ICV) durante a COP-27, em Sharm El-Sheikh (Egito).

 
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O estudo inédito identificou e mapeou um total de 377.624 hectares de florestas nativas explorados para fins madeireiros no período em seis dos nove estados da região: Acre, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima - no caso do Amapá, a análise foi impossibilitada pelo alto percentual de cobertura de nuvens nas imagens de satélite.
 
Além disso, as 10 áreas protegidas com mais exploração madeireira não autorizada representaram 80% da área total explorada nessa categoria. Dessas áreas, sete estão localizadas em Mato Grosso, aponta o estudo. Nas 14 unidades de conservação com extração de madeira identificadas no estudo, as cinco mais exploradas concentraram 91% da área total. A Reserva Extrativista Guariba/Roosevelt, no noroeste de Mato Grosso, foi a mais impactada, com 1.398 hectares.
 
A análise da legalidade mostrou também que do total de área de extração de madeira no período, 235.196 hectares (62%) foram explorados mediante autorização de exploração florestal emitida pelos órgãos competentes. Outros 142.428 hectares (38%) ocorreram de forma não autorizada", diz o estudo, em um trecho.
 
A atividade madeireira ilegal, de acordo com o documento, ocorreu principalmente em imóveis rurais cadastrados (72%), terras indígenas (11%), vazios fundiários (9%), unidades de conservação (4%), assentamentos rurais (3%) e terras não destinadas (1%).
 
Outro Lado – A Secretaria estadual de Meio Ambiente (Sema-MT) disse por meio de nota que a maior parte da exploração madeireira em Mato Grosso é legal, com 63% do total da área com autorização ambiental. Além disso, defendeu que o Estado é destaque nacional pelo melhor desempenho no combate ao desmatamento ilegal entre os estados da Amazônia, conforme levantamento do MapBiomas, que apontou que Mato Grosso agiu em 62% da área em que foi identificado algum alerta de desmate, considerando embargo por desmate ilegal ou a autorização do órgão ambiental.

Conforme a Sema-MT, o Estado monitora todo o seu território por imagens de satélite, gera alertas de desmatamento em tempo real, e age com rapidez para impedir o avanço do dano ambiental. Quem desmata ilegalmente é multado, tem a área embargada, e responde nas esferas administrativa, civil e criminal.

Por fim, disse que MT alcançou mais de 30% do desmatamento dentro da legalidade em 2022, como resultado do investimento na eficiência do licenciamento ambiental, estímulo ao manejo florestal sustentável que mantém a floresta em pé, e da tolerância zero aos crimes ambientais. Isso representa um aumento da legalidade, já que o desmate legal era de cerca de 5% em 2019.
 
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