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Domingo, 28 de abril de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Movimentos feministas defendem legalidade do aborto em caso de estupro ou risco

Movimentos feministas e o médico Olímpio Moraes, que participou do aborto da menina de nove anos violentada sexualmente pelo padrasto em Pernambuco, defenderam nesta quarta-feira (11) a legalidade do aborto em caso de estupro e em caso de risco de vida para a mãe.


No caso da menina, o médico Olímpio Moraes afirma que o aborto estava amparado pela Justiça e ressalta que cumpriu seu dever médico.

“Se a gente não tivesse tomado essa conduta acertada e essa menina estivesse grávida hoje com risco de morte eu não me sentiria bem, nem eu nem todas as pessoas que trabalham com isso iam se sentir omissas. Isso é um erro ético, nós médicos não podemos lavar as mãos em uma situação dessas”, defendeu o médico Olímpio Moraes.

Dados do ministério da Saúde apontam que mais de 190 mil meninas de 10 a 14 anos engravidaram. Dentre elas, 105 morreram por problemas na gestação, no parto ou no aborto. Segundo o médico Cristião Rosas, representante da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), o número de minas grávidas é muito alto.

“Nessa idade a fertilidade da mulher-menina é muito baixa, as ovulações são esporádicas. Para existir mais de 190 mil gestações abaixo dos 14 anos de idade dá para se imaginar o número de estupros contra meninas e adolescentes que ocorrem nesse país”, argumentou o médico.

O juiz Roberto Loréa, que participou da audiência sobre a descriminalização do aborto, afirmou que o caso de excomunhão dos médicos que realizaram o procedimento na menina é alarmante e a sociedade deve ficar atenta.

“Essa excomunhão deve servir para que a população brasileira faça uma reflexão se ela quer que as nossas instituições públicas estejam a serviço da cidadania que contemplem a diversidade religiosa ou se nós queremos retroceder a um período onde uma entidade religiosa detinha o monopólio religioso e ditava as leis”, alertou o juiz.

Segundo o Ministério da justiça, no Brasil foram mais de 16 mil casos de estupro em 2005. São 16 estupros para cada 100 mil habitantes.
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