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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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NOTA TÉCNICA

Mato Grosso reduz taxa anual de desmatamento, mas segue longe de cumprir meta firmada em Paris

Foto: Divulgação

Mato Grosso reduz taxa anual de desmatamento, mas segue longe de cumprir meta firmada em Paris
O levantamento feito pelo Instituto Centro de Vida (ICV) indicou que apesar do Estado de Mato Grosso ter reduzido em 14% as taxas de desmatamento ilegais, a meta ainda está aquém do acordo de Paris. A instituição reconheceu que a fiscalização aumentou, mas isso não foi suficiente para frear os crimes ambientais.


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Em nota técnica divulgada nessa quinta-feira (8), o Instituto disse que os números demonstram o "enorme desafio que é frear o avanço da destruição das áreas de vegetação nativa no estado". Mato Grosso foi o terceiro estado que mais derrubou florestas brasileiras no período, atrás apenas do Pará e Amazonas. 

De acordo com a análise do ICV, foram mais de 5,8 mil polígonos de desmatamento detectados, sendo 185 polígonos com mais de 200 hectares que responderam por 44% de toda área desmatada.

"Este cenário mantém Mato Grosso distante de alcançar as metas estabelecidas em seus planos e estratégias estaduais e cumprir o compromisso internacional assumido durante a Conferência do Clima em Paris, em 2015, de reduzir o desmatamento, atingindo 571 km² por ano até 2030", afirma a entidade.

O documento qualifica como "expressivo" o aumento nas ações de fiscalização estaduais e cita como exemplo os 3.183 autos de infrações ambientais entre janeiro e novembro de 2022 (um salto de 104% em relação a 2019). A maioria, 59%, foi lavrada no bioma Amazônia. "O aumento das ações de fiscalização pelo governo estadual é expressivo, mas não tem sido suficiente para conter o desmatamento ilegal", apontou o ICV.

Áréas protegidas em risco - De acordo com a nota, 1,6% dos desmatamentos detectados no estado ocorreram em áreas protegidas, sendo 26,3 km² nas Terras Indígenas (TIs) e 6,1 km² nas Unidades de Conservação de Proteção Integral (UCs)*. 

Apesar de ser a menor concentração de desmatamento por categoria fundiária, a destruição de floresta em UCs quase que dobrou em relação ao mesmo período do ano anterior (3,3 km²). 

A Terra Indígena com a maior área desmatada foi a TI Manoki, localizada no município de Brasnorte, com 5 km² detectado no total. Entre as Unidades de Conservação de Proteção Integral, a mais atingida foi o Parque Estadual Cristalino II, com 4,7 km² de desmatamento mapeado. Em 2022, o Parque foi alvo de um imbróglio jurídico que quase levou à sua extinção. 

A Reserva Extrativista (Resex) Guariba Roosevelt, UC de Uso Sustentável, também sofreu com o avanço do desmatamento. Foram 30 quilômetros quadrados de desmate na única Resex do estado, localizada nos municípios de Colniza, Aripuanã e Rondolândia.
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