Luiz Antonio Pagot negou que seu encontro com o ministro dos Transportes, Renan Filho, realizado na semana passada, tenha tratado de sua recondução para o comando do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Os rumores ganharam força nos últimos dias, mas Pagot garante que não tem a intenção de assumir o cargo.

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Ao Olhar Direto, o ex-Dnit afirmou que além da reunião com Renan Filho também esteve com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, em pelo três ocasiões. Segundo ele, os encontros trataram de um plano emergencial para a recuperação imediata em 12 mil km de rodovias federais.

“Estive em três ocasiões com os ministros Renan Filho e Carlos Fávaro, apresentando o Plano Rodoviário Emergencial, recebendo informações detalhadas do Plano de 100 dias de intervenções rodoviárias e o Arranca Safra, um programa de manutenção pra implantar obras imediatas nos mais de 12 mil km de rodovias federais precárias que não receberam qualquer cuidado nos últimos 4 anos. Foram discussões importantes para fazer frente a qualidade ruim das rodovias, em todo Brasil. Estou contribuindo com as ações que devem ser implementadas em nome da AMPA e do IPA. Em nenhum momento foi tratado do assunto de meu retorno à Diretoria-Geral do Dnit, até porque não aceito”, afirmou Pagot.

Atualmente, a AMPA (Associação Matogrossense dos Produtores de Algodão) é comandada por Erai Maggi Scheffer. Já o IPA (Instituto Pensar Agropecuário), entidade formada por 48 associações dos mais diversos segmentos do agronegócio, tem como presidente o ex-deputado federal Nilson Leitão.

Pagot comandou o Dnit entre 2007 e 2011, últimos anos do segundo mandato de Lula (PT) como presidente. Ele tem uma relação próxima com o ex-ministro Blairo Maggi, que de acordo com a imprensa nacional teria conversado por telefone algumas vezes com o presidente.

Desde 2019, o diretor-geral do Dnit é o servidor de carreira Euclides Bandeira de S. Neto, uma indicação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).