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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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DADOS DETER

Mato Grosso lidera pelo segundo mês consecutivo o ranking de desmatamento na Amazônia Legal

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Mato Grosso lidera pelo segundo mês consecutivo o ranking de desmatamento na Amazônia Legal
O estado de Mato Grosso apareceu na primeira posição no ranking dos estados com maior número de desmatamento registrado durante todo o mês de fevereiro, segundo dados do DETER, organizados pela Coordenação-Geral de Observação da Terra. Apenas nos 28 dias do mês, foram desmatadas uma área de 162 km², número três vezes maior que o registrado pelos estados que ocupam a segundo colocação, sendo Pará e Amazonas (com 46 km² cada). Em janeiro, o número chegou a 69 km² de área desmatada no bioma. 


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Em todo o território da Amazônia Legal, foram levantados um total de 321,97 km² de área desmatada. O número é aproximadamente 62% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado e considerado o maior volume já contabilizado na série histórica. Em fevereiro de 2022, Mato Grosso também liderou o ranking, chegando a 78 km² de área desmatada. 

Os dados apontam que dos 772 municípios que compõem a Amazônia Legal, 204 foram notificados a respeito de alertas de desmatamento. Entre as 15 cidades com o maior número de alertas, oito estão em território mato-grossense, sendo: Feliz Natal, Porto dos Gaúchos, Querência, Tabaporã, Juara, Paranaíta, Santa Carmem e Paranatinga. Juntos os municípios somam mais de 128 registros de alerta, o que representa mais da metade do total de alertas.

O Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (MMA) publicou uma nota técnica analisando os dados divulgados pela plataforma DETER. A pasta declarou que tomará medidas emergenciais para responsabilizar e embargar desmatamentos que não possuírem autorização válida. 

“O MMA, no âmbito das ações de emergência do Eixo de Monitoramento e Controle do PPCDAm (Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia), juntamente com Ibama, ICMBio e Serviço Florestal Brasileiro, tomarão medidas para responsabilizar e embargar remotamente desmatamentos que não possuírem autorização válida, dentre outras medidas administrativas, que poderão inclusive bloquear o acesso dos imóveis com desmatamento ilegal a crédito e à cadeia de compradores do agronegócio”, declarou na nota. 

Ainda de acordo com o ministério, os dados do sistema DETER são utilizados para orientar as ações de fiscalização. Os números podem sofrer alterações, já que as imagens de satélite têm menor resolução e interferência de nuvens.

Durante o lançamento da Operação Amazônia, a secretária de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), Mauren Lazzaretti, comentou sobre as ações do estado frente aos números de desmatamento. Segundo a chefe da pasta, Mato Grosso é o estado que integra o maior número de órgãos responsáveis pela fiscalização. 

“A nossa força-tarefa é referência nacional, porque nenhum outro Estado integra tantos órgãos de forma coordenada como Mato Grosso, para um combate efetivo aos crimes ambientais, com a participação inclusive dos Ministérios Públicos. Esta ação é estratégica e tem dado resultados práticos para o Estado. No último ano, o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) apontou uma redução de 13% no desmatamento geral no estado”, disse Mauren. 

Apesar da redução apontada pelo Inpe e reverberada pela secretaria, o estado permaneceu na terceira colocação no balanço anual, somando 1.975,72 km² de área desmatada na Amazônia Legal. O número é considerado o terceiro maior da série histórica do sistema PRODES, que começou a ser contabilizado em 2008. 



Dados do Cerrado 

O sistema PRODES também contabiliza as áreas desmatadas no cerrado. Na série histórica, Mato Grosso ocupa a quarta posição entre os estados com a maior área do bioma desmatada, chegando a 45.167,64 km². Em 2022, o estado chegou a registrar uma baixa de pouco mais de 7% no tamanho da área desmatada no bioma, chegando a 742,44 km² desmatados. 

Em todo o país foram mais de 10 mil km² de área do cerrado desmatada. Durante o último ano, os dados do PRODES colocam os estados do Maranhão, Tocantins e Bahia no topo da lista dos que mais desmataram o bioma.
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