Dias após detonar a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF), o senador Jayme Campos (União) defendeu que a corte também seja composta por políticos e não só por juristas renomados. A defesa foi feita ao lado do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que esteve em Cuiabá na manhã desta segunda-feira (9), para a entrega de R$ 80 milhões em investimentos.
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“O Supremo teria que ter políticos também. Pessoas com sua capacidade técnica e sobretudo com celeridade nos andamentos daquilo que é importante para o Brasil. Tem que ter alguém do outro lado do balcão, que já vivenciou os problemas dos estados e municípios. Isso tem dado certo, várias instituições, como Tribunais de Conta, têm políticos, que fazem trabalho sério e tem bom senso”, disse, durante discurso.
“Se o Brasil tivesse cinco a seis ministros do quilate e, sobretudo, da competência (de Dino), talvez o Brasil estivesse outro”, acrescentou.
Ainda sobre a composição do STF, Jayme afirmou que Dino é o melhor nome a ser indicado pelo presidente Lula (PT) para a vaga deixada pela ministra Rosa Weber.
“Não sei se chamo de ministro, de colega senador ou de ministro do STF. É o único cidadão nesse país que tem esse privilégio: ministro da Justiça convidado pelo presidente Lula, é senador da República até 2030 – tem chão pela frente -, e, na minha visão, é o melhor nome que o presidente Lula estaria indicando nesse momento para ser nosso ministro do Supremo”, ressaltou.
“Homem de notável conhecimento jurídico, que já exerceu cargo de governador por dois mandatos no Maranhão, deputado federal e juiz federal”, completou.
Ainda de acordo com Jayme, Dino tem se destacado na Esplanada dos Ministérios, por conta de seu pragmatismo. O senador, que tem defendido projeto para que o Congresso possa anular decisões do STF, ficou impressionado pela forma com que foi atendido pelo ministro, quando esteve no gabinete, pedindo recursos garantidos hoje pela manhã.
“Encontrei o ministro a residência da Katia Abreu, do aniversário do senador Renan Calheiros. Disse que precisava marcar uma audiência com ele para tratar sobre assuntos de Mato Grosso. Ele respondeu: ‘dia e hora é você que marca’. Isso foi numa quinta e na terça a audiência estava preparada para que levássemos esse pleito”, pontuou.
