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Sexta-feira, 17 de maio de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

conflito

Percival propõe nova comissão para resolver crise na saúde

O deputado estadual Percival Muniz (PPS) propôs a criação de uma comissão composta por parlamentares da Assembléia Legislativa, Câmaras de Vereadores, entidades representativas dos médicos, do Governo  do Estado, dos prefeitos de Cuiabá e Várzea Grande e seus respectivos secretários de Saúde, para resolver a crise instalada neste setor.


A idéia, apresentada durante a audiência pública realizada nesta quinta-feira (24), não é nova. Anteriormente, o vereador de Cuiabá Toninho de Souza (PDT), já havia proposto a criação de uma comissão paritária entre prefeitura, vereadores e médicos. De fruto desta comissão ficou apenas uma reunião sem resultados aparentes, além do agravo da crise.

O diferencial da nova comissão estará no âmbito estadual de sua formação. Agora, além de vereadores e autoridades da Prefeitura de Cuiabá estarão presentes, mas sim deputados, representantes de Várzea Grande e, inclusive, a executiva estadual será convidada a participar das negociações.

Além disso, o presidente desta nova ‘mesa de negociações’ será o médico do Ministério da Saúde e professor de medicina Gabriel Novis Neves. Ex-secretário de Estado de Saúde e reconhecido no meio pela credibilidade, o médico de 74 anos, sem filiação política, foi escolhido para evitar a politização da discussão.

Leitos
Durante a audiência, Gabriel Novis Nesves, que trajava preto alegando estar presente no ‘”funeral da saúde”, explicou que o grande problema da saúde em Cuiabá e Mato Grosso são a falta de leitos e investimentos na área.

Segundo ele, com o passar dos anos, vários hospitais da capital do Estado fecharam parcial ou totalmente e não foram repostos. Entre os hospitais fechados, e citados pelo médico, estão o São Thomé, hoje base da SAMU, o Hospital Modelo, atualmente um laboratório e o Hospital das Clinicas, falido. Já os com capacidade reduzida e lembrada por Gabriel estão o Hospital Geral Universitário, o antigo Adalto Botelho e a Santa Casa de Misericórdia. Enquanto isso, a demanda cresceu.

“Falta investimento. E hoje, empresário nenhum, em sã consciência, investe na saúde.”

O conflito

Os médicos da capital paralisaram atividades desde o dia 7 de setembro, mantendo apenas os serviços de urgência e emergência. Na terça-feira (15), os médicos de Várzea Grande, a exemplo dos da capital, também cruzaram os braços exigindo aumento salarial.

A classe alega falta de condições do exercício pleno da medicina, difícil relacionamento com o secretário de Saúde Luiz Soares. Reivindicando o aumento do piso salarial para mais de R$ 8 mil, 68 médicos da rede pública de Cuiabá ‘pediram demissão’.

Entre os profissionais com pedido de desligamento estão 24 cirurgiões do Hospital Pronto Socorro Municipal de Cuiabá. Os outros 44 se dividem entre pediatras da mesma unidade de pronto atendimento e clínicos das unidades do Programa de Saúde Familiar.
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