O procurador geral de Cuiabá, Ussiel Tavares, declarou ao Olhar Direto que discorda da decisão toma pela OAB-MT (Ordem dos Advogados do Brasil seccional de Mato Grosso), de impetrar um pedido de habeas corpus a advogada Kettleen de Oliveira, presa preventivamente por associação ao tráfico.

“A OAB não pode pedir habeas corpus por crime comum. A Ordem só pode intervir para proteger as prerrogativas do advogado, mas tráfico de drogas cai em crime comum”, se indignou Tavares. Segundo ele, a entidade está cometendo um erro ao defender a advogada neste caso.

Kattlen está presa preventivamente a pedido da Justiça Federal, desde o dia 23 de setembro, na sede da Polícia Federal em Cáceres. Esta é a segunda ocasião em que a jurista é detida. A primeira vez foi em julho, durante a Operação Volver, desencadeada pela Polícia Federal no combate ao tráfico de drogas.

Ussiel Tavares fez parte da atual gestão até o dia 19 de agosto como conselheiro federal da OAB. Na ocasião ele solicitou afastamento para assumir o cargo de procurador geral do município, no lugar de José Antonio Rosa, que ficou preso por alguns dias durante a operação Pacenas.

Além disso, Ussiel é ex-presidente da Ordem e sua opinião costuma ser confundida com a do atual presidente, Francisco Faiad. Fato que torna ainda mais notável o descontentamento com esta decisão .