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Sábado, 27 de abril de 2024

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REAJUSTE SALARIAL

Motoristas da Saúde de Várzea Grande estão em greve há 20 dias

Foto: Reprodução

Motoristas da Saúde de Várzea Grande estão em greve há 20 dias
Motoristas da Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande estão em greve desde o último dia 23 de dezembro, após tentativas de negociação para um reajuste salarial com o secretário Gonçalo Barros. A categoria luta há dois anos por um Plano de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS). Nesta quinta-feira (11), realizaram uma manifestação em frente à sede da Secretaria, mas a chuva atrapalhou a atividade.


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Alguns dias antes, em 13 de dezembro, os motoristas protocolaram um indicativo de paralisação, diante da inércia da Pasta nas negociações. No entanto, foi marcada uma reunião com o secretário, que acordou com um aumento salarial para R$ 1.962. Hoje a categoria recebe R$ 1.462.

Nas tratativas, também foi afirmado que a Secretaria de Saúde enviaria a demanda para a aprovação de uma Lei para o PCCS dos motoristas, à Câmara Municipal, ainda no ano de 2023.

No entanto, o acordo não foi repassado aos vereadores e a última sessão do ano, ocorrida em 19 de dezembro, não teve a reivindicação como pauta. Diante do fato, os motoristas decidiram paralisar as atividades.

“São dois anos nessa reivindicação, conversas e diálogos com a Prefeitura, em geral com os secretários da Saúde. Estamos ganhando quase um salário mínimo sendo que no nosso concurso, no edital, é exigido a CNH categoria D, e para tirar essa habilitação, temos que fazer cursos, e exames toxicológicos praticamente todo ano, e isso sempre sai do nosso bolso. Se eu for trabalhar em uma ambulância privada, o salário é de R$ 2,5 mil a R$ 3 mil”, explica o representante da categoria, Michel Wohlfahrt.



Michel é servidor da Secretária de Saúde desde 2018, quando foi aprovado no primeiro concurso para a categoria. Desde então, ele luta pela valorização dos motoristas, que dirigem as ambulâncias, buscam pacientes para hemodiálise e outras funções.

“Está que nem um ping-pong, pulando de uma Secretaria para outra. Toda hora é um empecilho diferente. Já rebatemos a Pasta diversas vezes. Primeiro eles alegaram que tinha impacto muito alto na folha, nós já fizemos análise e comprovamos que o valor é irrisório. São 44 motoristas hoje, para receber R$ 1900, dá menos de R$ 22 mil só de impacto na folha”, detalha Michel.

Agora, a categoria se reúne com vereadores para tentar uma ponte com o prefeito Kalil Baracat (MDB). Segundo o representante, o chefe do Executivo nunca compareceu a nenhuma reunião dos motoristas.

“Prometeram essa ponte até final do mês, para ver se consegue enviar para Câmara logo o nosso PCCS, lembrando que a Procuradoria já deu aval para montar ele, mas tem esses percalços no caminho”, finalizou Wohlfahrt.

Outro lado

A reportagem entrou em contato com a assessoria da Prefeitura de Várzea Grande, que enviou o seguinte esclarecimento:

As negociações estão em curso. A questão se resume em cumprir as exigências legais quanto a gastos com servidores públicos e a definição de carreiras. A concessão de benefícios para alguns sem atender os outros acaba gerando problemas. Não existe apenas a carreira dos motoristas. Como contemplar apenas eles e deixar os demais de fora.
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